Artur Jorge está a dois jogos, contra o Peñarol, de fazer história e levar o Botafogo pela primeira vez à final da Libertadores, mas não vê a chance do feito inédito como um peso para o elenco. Em entrevista ao site da Fifa, o treinador considerou o Glorioso como "um gigante adormecido" e mostrou que a meta é bem maior do que conquistar o título continental e garantir vaga no Mundial de Clubes.
"Nós queremos mais. Vamos todos trabalhar para fazer com que o nome Botafogo possa estar dimensionado à imagem de todos os grandes clubes mundiais e nos colocar nessa posição", avisou.
"Quando falo que é um gigante adormecido, é exatamente essa dimensão medida por aquilo que são os torcedores do Botafogo. Tenho sentido um carinho imensurável por parte de todos eles. Obviamente que eu sei que isto está ligado aos resultados também".
O português também não esconde a importância dos títulos da Libertadores e do Brasileirão. E não somente para fazer histórica, mas para ajudar nessa virada de chave em um clube que busca um crescimento, após muitos anos de dificuldade e poucos títulos.
"O meu maior conforto é olhar para o desafio que está à minha frente. Sei que a Libertadores é um objetivo que eu tenho, não vou deixar de o assumir também. Não penso se a história será diferente antes ou depois de mim, penso em que posso deixar uma pegada de história também. Porque é muito importante para o clube ter uma marca no seu crescimento", explicou.
Ao trabalhar em um clube que teve Garrincha, Nilton Santos, Didi, Jairzinho, entre outros, o treinador português descarta o peso de o time atual conseguir um feito que nem mesmo essas grandes nomes do futebol mundial tiveram a oportunidade.
"O peso não é nenhum, honestamente. A história do clube faz-se de passado e sabemos que o Botafogo tem individualidades que se destacaram, mas nunca surgiu essa oportunidade (de título da Libertadores), por contextos que eu próprio não sei explicar. Sei que nesta altura nós criámos condições para que este contexto nos seja favorável", avaliou.
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