John Textor no Nilton SantosVitor Silva/Botafogo

Rio - Absolvido de uma das acusações sobre manipulação de resultados no futebol brasileiro, John Textor ainda corre risco de pegar um gancho. O dono da SAF do Botafogo ainda responderá por outras declarações, que começaram após a derrota para o Palmeiras, no segundo turno do Brasileirão de 2023, e pode receber pena máxima de 810 dias de suspensão e de até R$ 500 mil em multa.
John Textor foi enquadrado cinco vezes no artigo 243-F e uma no 221, em setembro. O julgamento, no entanto, foi adiado e ainda não tem nova data. O processo está em fase de tradução. O STJD pediu mais prazo para analisar as 35 respostas solicitadas a GoodGame, empresa contratada por Textor para produzir relatórios sobre arbitragem e comportamento de atletas nos jogos.
O empresário acusou a arbitragem de "roubo" na expulsão de Adryelson contra o Palmeiras em 2023, além de alegar que o Alviverde foi beneficiado por dois anos e que jogadores do São Paulo manipularam uma goleada sofrida para o rival, em 2022. Com isso, Textor foi denunciado pela Procuradoria Geral do STJD, Palmeiras, São Paulo, Sindicato de Atletas de São Paulo e Associação Nacional dos Árbitros.
Textor foi denunciado no artigo 243-F, que fala em "ofender alguém em sua honra, por fato relacionado diretamente ao desporto", e também no artigo 221, sobre "dar causa, por erro grosseiro ou sentimento pessoal, à instauração de inquérito ou processo na Justiça Desportiva". Relator do STJD responsável pelo caso, Mauro Marcelo de Lima e Silva afirmou que as provas do empresário são "imprestáveis" e defende suspensão de seis anos e multa de R$ 6 milhões.