A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, e o acionista majoritário da SAF do Botafogo, John TextorDivulgação
Acionista do Botafogo, Textor quer encontro com Leila Pereira para selar paz
Os dois dirigentes trocaram farpas nos últimos anos
Rio - O acionista majoritário da SAF do Botafogo, John Textor, quer se encontrar com a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, para selar a paz. Os dirigentes dos últimos dois campeões do Brasileirão trocaram farpas nos últimos anos, mas o cenário começou a mudar.
O americano entende que não há problema pessoal com a presidente do Alviverde e, segundo o "ge", quer o encontro para iniciar de fato uma nova fase e debater ideias que envolvam os dois clubes.
As polêmicas
No passado, o empresário falou em "roubo" ao reclamar da expulsão de Adryelson na derrota de virada do Botafogo por 4 a 3 para o Palmeiras, no Campeonato Brasileiro de 2023.
Além disso, ele já alegou que houve manipulação em jogos do Palmeiras contra Fortaleza e São Paulo, no Brasileirão de 2022 e no Brasileirão de 2023, respectivamente.
Em abril de 2024, John Textor chegou a dizer que tinha "evidências pesadas" de favorecimento ao Palmeiras por "pelo menos duas temporadas".
Leila, por sua vez, pediu o banimento de John Textor caso ele não apresentasse provas de manipulação de resultados. Ela também o chamou de "fanfarrão" naquela ocasião.
Em outros momentos, a dirigente disse que Textor era "vergonha do futebol brasileiro" e um "idiota". O americano chegou a processá-la.
No fim do ano passado, o empresário americano admitiu que deu declarações precipitadas durante o Brasileirão de 2023, quando os dois times disputavam o título. Além disso reconheceu que, no lugar de Leila, teria reagido da mesma forma.
"Estive focado no Botafogo e foi contra o Palmeiras que estávamos tentando segurar o campeonato. Então, eu entendo que quando faço os comentários que fiz, a Leila deveria mesmo ter se ofendido com isso. Se eu fosse ela, teria dito: 'Gringo louco, cale a boca'. A reação dela teria sido a minha reação", disse Textor, ao CNN Esportes S/A.
"A Leila merece ser vista como muito mais do que uma mulher. Ela é uma grande líder de um grande negócio, que por acaso é um grande clube de futebol, e pelo que eu sei, ela também é líder de muitos outros negócios que são bons para o Brasil", afirmou posteriormente.
Já no último domingo (30), Botafogo e Palmeiras fizeram juntos uma publicação antirracista antes de se enfrentarem no Allianz Parque. O CEO da SAF do Glorioso, Thairo Arruda, estava no estádio e se encontrou com Leila.
Naquela partida, porém, um convidado do Botafogo tirou uma foto com uma faixa do Corinthians de campeão paulista. O Timão faturou o título justamente em cima do Palmeiras. Thairo pediu desculpas por meio das redes sociais e, segundo o site, ligou para Leila para pedir desculpas.
Recentemente, no texto que publicou em seu site para declarar apoio à reeleição do presidente Ednaldo Rodrigues na CBF, o americano lembrou da declaração de Leila sobre trocar a Conmebol pela Concacaf (Confederação das Associações de Futebol da América do Norte, Central e Caribe).
A presidente do Palmeiras fez a sugestão porque o clube considerou as punições aplicadas sobre o Cerro Porteño no caso de racismo contra Figueiredo e Luighi, na Libertadores sub-20, como "extremamente brandas".
"Fiquei tocado esta semana pelos comentários de Leila Pereira, que descaradamente nos encorajou a considerar a adesão à Concacaf, como uma ideia para elevar a visibilidade global e o poder comercial do futebol brasileiro. No início, pensei que ela estava apenas sendo provocativa, ao mesmo tempo em que exigia atenção para algumas questões imediatas e importantes", escreveu Textor.
"Leila e eu sempre gostamos de chamar um ao outro de loucos (um argumento há muito esquecido), mas esse pensamento ousado não é louco", completou.
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