"Foi a maior emoção da minha vida profissional, a realização de um sonho. Ser campeão com a seleção brasileira, no Maracanã, até então o maior estádio do mundo, foi um prazer e entrou para a história. Fico na torcida para que Tite seja feliz e sinta a mesma sensação que tive há 30 anos", diz Lazaroni, que até hoje se recorda da vitória do Brasil por 1 a 0 sobre o Uruguai (gol de Romário) e da conquista da Copa América, no dia 16 de junho de 1989.
A façanha de Luis Felipe Scolari não foi menos importante. Um ano antes da Copa do Mundo de 2014, o treinador superou a desconfiança da torcida para erguer a taça da Copa das Confederações em um Maracanã tomado por 73.531 pessoas. Na tarde de 30 de junho de 2013, o Brasil, com dois gols de Fred e um de Neymar, fez categóricos 3 a 0 sobre a então campeã mundial e tricampeã europeia Espanha. O estádio veio abaixo sob os gritos de "o campeão voltou".
Zagallo e Micale na seleta lista
Zagallo e Rogério Micale também ergueram troféus comandando a Seleção no Maracanã. Mas não em competições oficiais ou com a equipe principal. Em 1972, o Velho Lobo era o técnico do Brasil na vitória por 1 a 0 sobre Portugal (gol de Jairzinho), na final da Taça Independência, batizada de 'minicopa', torneio amistoso repleto de nuances políticas, dentro e fora de campo, e que reuniu 20 seleções em 12 cidades do país.
Micale foi o responsável pela conquista da inédita medalha de ouro do futebol em Olimpíadas. Nos Jogos de 2016, no Rio, o Brasil levou a melhor sobre a Alemanha: 5 a 4 nas cobranças de pênaltis, após empate em 1 a 1 (Neymar e Meyer) no tempo normal e na prorrogação. No dia 20 de agosto, os 63.707 torcedores presentes ao Maracanã deixaram o estádio rindo à toa com a ida ao lugar mais alto do pódio.