Ayrton Lucas, do Flamengo, por pouco não se chamou Ayrton Senna, segundo o paiMarcelo Cortes / Flamengo
Senna eterno: nome de Ayrton Lucas, do Flamengo, foi homenagem a ídolo do pai
Lateral do Flamengo nasceu três anos após a morte do piloto brasileiro
'Acelera, Ayrton!' Genival Cândido dizia essa frase muito antes de o filho se destacar como um lateral de velocidade por Fluminense, Spartak Moscou (Rússia) e Flamengo. Fã de Senna, o pai de Ayrton Lucas decidiu escolher o nome do bebê, que nasceria em 1997, para homenagear o tricampeão de Fórmula 1, cuja morte completa exatamente 30 anos nesta quarta-feira, 1º de maio.
"Antes de minha esposa engravidar, eu sempre dizia a ela que, se fosse menino, iria se chamar Ayrton Senna, pois sentia que ele ia ser famoso como Senna", afirmou Genival à reportagem de O Dia.
Entretanto, a missão de convencer dona Adélia Regina não foi simples. Tanto que o pai de Ayrton Lucas não conseguiu incluir Senna no nome, por sugestão de uma tia, que ajudou a mãe na questão. Algo que Genival não aceita até hoje.
"Quando ele nasceu, minha tia pediu pra colocar Ayrton Lucas e minha esposa concordou. Até hoje não me conformei em não ter sido Ayrton Senna, pois sempre fui muito fã dele. Minha esposa não queria que eu colocasse esse nome, aí concordou em ser Ayrton Lucas", contou.
O fato de o filho, que neste ano chegou à seleção brasileira, ter como uma das principais características a velocidade, é encarado como uma feliz coincidência.
"Até hoje sempre digo à minha mulher: ‘Ayrton é veloz que nem Senna’. Pelo menos consegui colocar Ayrton, mas pra sempre vai ser Ayrton Senna", completou.
Nome 'Ayrton' na década de 90
Assim como o pai do lateral do Flamengo, muitos outros fãs brasileiros buscaram uma forma de homenagear o piloto tricampeão de Fórmula 1. Tanto que o nome 'Ayrton' teve um crescimento muito grande nos anos 90.
De acordo com o aplicativo do Censo Demográfico no Brasil em 2010, realizado pelo IBGE, 1,163 milhão de pessoas receberam esse nome naquela década. O número é superior à soma dos anos 80 (315 mil) e 2000 (412 mil).
Essa não foi a única forma de pais homenagearem o piloto com o nome dos filhos. Outros optaram por colocar Senna e suas variantes como segundo nome, o que impede a pesquisa na calculadora do censo.
No especial de 20 anos da morte do tricampeão, em 2014, o jornal O Dia publicou a história de Edson Sena, que nasceu justamente em 1º de maio de 1994.
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