Bernardo Faria (à esquerda) e Douglas Moreira (à direita) miram êxito em sala fazendo o Enem e no campo com o FlamengoArquivo pessoal / Bernardo Faria e Douglas Moreira
Ao mesmo tempo em que precisarão de concentração total para fazer a prova, os rubro-negros terão de lidar com a ansiedade para saber como está o jogo, que começará no meio da realização do exame, às 16h (de Brasília). A data, inclusive, gerou polêmica antes do embate: o Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação) solicitou uma alteração por conta da realização da avaliação, mas não foi para frente.
Torcedor do clube carioca desde criança, Douglas Moreira, de 21 anos, se mudou recentemente do Rio para Potim, interior de São Paulo, e irá encarar uma viagem de quatro horas de volta à capital para fazer o Enem. Ele, que tem como a final mais marcante a da Copa do Brasil de 2013, quando o Rubro-Negro sagrou-se campeão em cima do Athletico-PR, destacou as emoções que vai enfrentar enquanto estiver fazendo o exame durante o andamento da decisão.
"Eu diria que é essa a palavra: nervosismo. Ainda mais por saber que eu não vou poder estar assistindo ao jogo, apenas ouvindo os gritos da rua. E às vezes nem isso. Vou estar totalmente no escuro e tendo que me concentrar na prova também", disse Douglas, que fará o exame pela quarta vez e pretende cursar Jornalismo.
"É um misto de emoções, de sentimentos, mas eu realmente acredito que vai dar tudo certo. Além de o Flamengo sair com a vitória e com a taça, eu espero me sair muito bem na avaliação", ponderou.
A sensação também é compartilhada por Bernardo Faria, de 17 anos. Flamenguista por influência direta da família e frequentador assíduo do Maracanã, o jovem estudante esteve presente nas últimas quatro finais do Flamengo na Copa do Brasil - 2013, 2017, 2022 e 2023 -, mas terá outro compromisso neste ano. Ele deseja ingressar no Ensino Superior para cursar Direito e admitiu estar triste por não conseguir assistir a nenhum dos dois jogos.
"Eu fico triste por não poder acompanhar. Uma final então me deixa ainda mais decepcionado, mas estarei torcendo para que o Flamengo faça um grande jogo. Este ano não teve jeito, vou ter que fazer a prova", relatou.
Silêncio absoluto ou gritaria?
"Eu realmente prefiro não ouvir nada, mas acho que vai ser um pouco difícil, porque irei fazer a prova em Vila Isabel, perto do Maracanã. Então, já que é uma região muito boêmia, provavelmente ouvirei muitos gritos", contou Douglas.
"Prefiro o silêncio. Eu me conheço melhor do que ninguém. Vou ficar nervoso se ouvir um grito ou xingamento", afirmou Bernardo.
Ansiedade pelo resultado
"Não tenho dúvida de que a primeira coisa que vou fazer ao acabar a prova vai ser conferir quanto foi o jogo no celular. Depois, assim que chegar em casa vou ver os melhores momentos para ver como foi o desempenho do time", garantiu Bernardo.
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