Fábio defendeu dois pênaltis na classificação do Fluminense Pablo Porciuncula / AFP

Fábio caminhou na linha tênue entre ser vilão e herói no confronto de oitavas de final da Libertadores contra o Grêmio. Os erros no segundo gol sofrido na derrota por 2 a 1, em Curitiba, e na vitória pelo mesmo placar no Maracanã poderiam reduzir o enorme crédito que tem com a torcida do Fluminense, mas as defesas de dois pênaltis foram determinantes para a classificação para as quartas de final e impediram uma 'mancha' na imagem dele com os tricolores.
Ainda assim, Fábio discorda dessa mania do futebol brasileiro de determinar apenas um culpado ou um salvador para os resultados nas competições.
"Temos que parar com essa situação de que, se sofreu gol, é culpa de alguém ou do goleiro, principalmente. É preciso analisar que é um conjunto, aqui não é tênis, não é (um esporte)individual. A gente tenta ajudar e fazer o melhor, Assim como todos dentro de campo. Se não tivesse classificado a culpa seria minha. Eu não fui herói. Deus preparou dessa forma, tinha que sair o gol do Grêmio", avaliou.
 
A pouco mais de um mês de completar 44 anos, o goleiro do Fluminense vê o trabalho no campo como uma resposta a quem duvida de sua condição de seguir em alto nível apesar da idade.
"Minha carreira é assim. Estou com quase 44 anos e sempre tentando fazer o melhor. Se as pessoas infelizmente acham que não tenho condição, meu dia a dia prova isso. Creio que estou jogando o meu melhor possível, melhorei muito em todos os fundamentos", afirmou.