Zé Roberto comanda a Seleção em busca da terceira vitória na LigaDivulgação/CBV

Japão - O técnico José Roberto Guimarães da seleção brasileira feminina de vôlei não entendeu o motivo de o resultado do exame de Tandara, que testou positivo para substância proibida, ter demorado quase um mês para ser anunciado e chegar na véspera de uma partida decisiva nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
"Eu recebi a notícia de madrugada e fiquei paralisado. Depois vi quais eram os procedimentos que deveríamos tomar. Eu tinha duas preocupações: ela e o grupo. Conversei com ela, que me disse que não tinha tomado nada e estava limpa, mas ela não podia ficar. Foi tenso comunicar o grupo, ela estava devastada", revelou o treinador.

O teste foi realizado fora do período de competição, em 7 de julho, no Centro de Treinamento da seleção em Saquarema (RJ). "Ao receber, no dia 5 de agosto de 2021, o resultado do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD), único credenciado pela Wada na América Latina, foi constatada a presença da substância Ostarina, que pelo Código Brasileiro Antidopagem implica na aplicação obrigatória de uma suspensão provisória da atleta", informou a ABCD.

A notícia do doping e saída de Tandara da equipe pegou todas as jogadoras desprevenidas. "Todo mundo foi pego de surpresa, mas somos um grupo. Estamos torcendo pela inocência dela e sabemos que ela vai dar força para gente de onde estiver. Jogaremos por ela", afirmou Carol Gattaz.

As atletas confirmaram que Tandara não teve tempo de se despedir do grupo, mas depois mandou uma mensagem para todas. "A gente vem passando por muitas situações que não importa o que aconteça, passamos por cima. A gente vai lutar por ela, vamos levar esse ouro para a Tandara", completou Gabi.