Partida entre Marrocos e Argentina foi marcada por polêmicas e invasões de campoArnaud FINISTRE / AFP
Organização de Paris 2024 minimiza incidentes em jogo entre Argentina e Marrocos no futebol
Torcedores invadiram o campo ao final de partida polêmica, e autoridades definiram episódios como "alegre" e "festivo"
Rio - Após os incidentes que marcaram a partida entre Marrocos e Argentina, pela primeira rodada do futebol masculino do Jogos de Paris, nesta quarta-feira (24), em Saint-Étienne, os organizadores minimizaram a gravidade do episódio. Na ocasião, torcedores invadiram o campo após o gol de empate dos argentinos. Depois de quase duas horas de paralisação, o tento foi anulado e o jogo finalizado com o placar de 2 a 1 para a equipe marroquina.
Segundo o prefeito do departamento de Loire - onde fica a cidade de Saint-Étienne - Alexandre Rochatte, os acontecimentos tiveram um caráter "alegre" e "festivo". A autoridade reforçou, ainda, que ninguém foi preso durante a confusão generalizada.
"Houve a invasão de cerca de 20 espectadores, a maioria menores de idade, que não causou brigas", disse à AFP.
O diretor de segurança do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos, Bruno Le Ray, negou que o caso possa ser qualificado como "incidente de segurança". No entanto, ele admitiu que o incidente era algo que não deveria ter acontecido. A organização usou o mesmo tom calmo ao explicar o ocorrido.
"O jogo foi suspenso por uma invasão de campo por parte de alguns espectadores. Foi possível retomá-lo depois e terminar com plena segurança. Paris 2024 está trabalhando com as partes afetadas para compreender as causas e identificar as ações inapropriadas", afirmou.
A partida entre Marrocos e Argentina foi marcada por tensões desde o início. O hino nacional argentino foi vaiado por torcedores marroquinos e franceses em protesto aos cânticos racistas dos hermanos contra a França após a conquista da Copa América.
Já nos acréscimos do segundo tempo, uma confusão generalizada tomou conta do estádio após o gol de empate marcado por Medina. Além das invasões, uma bomba chegou a ser atirada em campo e quase acertou o atleta Julian Álvarez. Com os incidentes, os jogadores desceram para os vestiários e a partida foi interrompida.
Depois de quase duas horas de paralisação, o VAR verificou impedimento de Medina e anulou o gol de empate argentino. As seleções, então, retornaram ao campo e jogaram por cerca de cinco minutos, mas o Marrocos se fechou e assegurou a vitória.
Em sua conta no X (antigo Twitter), o capitão do Marrocos, Achraf Hakimi, condenou o incidente. "Lamento a atitude de alguns torcedores durante o jogo, que manchou a imagem da nossa torcida. Um comportamento assim não cabe no futebol", publicou o jogador do Paris Saint-Germain.
O técnico da Argentina, Javier Mascherano, considerou que sua equipe foi vítima de um "escândalo", enquanto o ídolo Lionel Messi, que não está no torneio, publicou em seu Instagram que o episódio foi algo "insólito".
Horas depois do fim do jogo, a Federação Argentina (AFA) enviou uma queixa formal à comissão disciplinar da Fifa por conta da polêmica referente ao jogo. A entidade classificou o episódio como "grave" e pede que sejam tomadas "medidas regulamentares necessárias".
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