Kelvin Hoefler terminou em sexto na final do street masculino nos Jogos de ParisOdd Andersen / AFP

Paris - Após terminar em sexto na final do skate street masculino e ficar sem medalha, Kelvin Hoefler deixou em aberto seu futuro para a disputa da Olimpíada de 2028, que será realizada em Los Angeles. De acordo com o brasileiro, acompanhar os atletas da nova geração no esporte é "bem difícil", o que acaba gerando um "cansaço mental".
"Eu dei meu máximo, mais uma final (olímpica). Mas sei lá, eu estou bem cansado. São longos três anos, andando de skate todos os dias, é muito impacto. Acompanhar a galera nova é bem difícil. Eu não sei se eu vou continuar (disputando as Olimpíadas), eu fiquei bem cansado mentalmente, principalmente", disse Hoefler à TV Globo.
O skatista, apesar de sua boa performance, tanto nas voltas de 45 segundos quanto nas manobras, teve azar. Isso porque a decisão teve um nível muito alto, com quase todos seus adversários passando da casa dos 90 na segunda etapa da decisão, fazendo com que Hoefler precisasse ser perfeito em todas as suas execuções, sem margem para erro, algo muito criticado por ele.
"Em Tóquio foi diferente: pista grande e formato diferente, com quatro notas ao todo. Aqui são três e, sendo uma volta e você tem cinco tentativas para acertar duas manobras. A margem de erro é muito maior. Sinceramente, acredito que o pessoal tenha que mudar o formato para os próximos Jogos e ser mais divertido", ponderou.
Depois de conquistar a prata em Tóquio, havia a expectativa de Kelvin voltar a ser medalhista nos Jogos de Paris. Com a derrota na final, ele se despede da competição no país francês.
Agora, o skate dará uma pausa nas Olimpíadas. O esporte volta aos Jogos de Paris somente nos dias 6 e 7 de agosto, com a modalidade park. Dora Varella, Isadora Pacheco, Raicca Ventura, Augusto Akio, Luigi Cini e Pedro Barros serão os representantes do Brasil.