Juan Arciniegas, diretor geral e chefe de esportes, mídia e entretenimento da 777 PartnersFoto: Divulgação/Twitter @VascodaGama

Rio - A tensão entre Vasco e o governo do Rio de Janeiro em meio ao processo de licitação do Maracanã continua. Pela sétima vez consecutiva, a concessão provisória foi renovada com o consórcio formado por Flamengo e Fluminense, em tese, até abril de 2023. Apesar de não saber quando haverá um novo processo, o diretor geral da 777 Partners, Juan Arciniegas garantiu que não vai desistir do projeto.
O empresário americano não entendeu a posição de Cláudio Castro, quando deu declarações polêmicas sobre a licitação do Maracanã. Ele não aprova a forma como o processo está sendo encaminhado e deu uma resposta à expressão do governador quando se referiu à empresa como "a tal de 777".
"Nunca vi algo parecido em nenhum lugar do mundo. Chegamos ao Rio de Janeiro 24 horas antes da licitação e ficamos sabendo que o processo havia sido cancelado", disse à "Coluna do PVC, no "Uol", e completou:
"É preciso proteger a lei da SAF. Pela legislação, não há diferença entre clubes. Não se deve referir ao Vasco como se fosse uma empresa. O Vasco é um clube. Um dos maiores do mundo. Tem uma das maiores torcidas do Brasil e do planeta e deve ser tratado desta maneira".
Juan Arciniegas afirmou que, apesar do Vasco ter São Januário, o Maracanã foi feito para o futebol, e que ele continuará lutando pelos direitos do clube.
"São Januário é a casa do Vasco e continuará sendo. Vamos fazer a renovação do estádio. Mesmo assim, em alguns casos, em alguns jogos em que os torcedores poderão ficar frustrados, por não haver ingressos suficientes, podemos ir para o Maracanã. É muito importante entender que a prioridade do Maracanã é o futebol".
Ainda sem data para uma nova concorrência, o diretor da 777 aguarda o próximo processo. "Tem de haver um novo Bid, um novo processo de licitação, feito com clareza e transparência. É preciso respeitar a lei da SAF, dar garantia para os investidores que decidiram apoiar o futebol do Brasil. O coração do nosso negócio é o futebol, não os tribunais. Não há hipótese de desistirmos do projeto do Maracanã", concluiu.