Fachadas dos setores leste e norte pelo projeto de reforma de São JanuárioReprodução

aprovação do projeto de lei que permite a venda do potencial construtivo de São Januário foi muito celebrada pelo Vasco, que já vive a expectativa de iniciar as obras até dezembro deste ano. Após a sanção do prefeito do Rio, Eduardo Paes, serão cerca de seis meses para finalizar a negociação por cerca de R$ 500 milhões e resolver os trâmites burocráticos, como o licenciamento na prefeitura, para dar o pontapé inicial e conseguir entregar o estádio reformado em 2027, ano em que completa 100 anos, em 21 de abril.
O Cruz-Maltino tem três interessados pela compra, sendo uma construtora com conversas adiantas para finalizar o negócio.  "A venda do potencial está encaminhada", revelou o presidente do Vasco, Pedrinho.
Diante do tamanho das intervenções, tanto nos arredores como para a ampliação da capacidade para 47.383 pessoas, o Vasco não sabe se todas as obras estarão prontas a tempo, mas trabalha com a possibilidade de reabrir São Januário em 2027, mesmo sem estar 100% concluído.
O fato de o clube ter que alcançar metas de andamento das obras para receber as parcelas do dinheiro da venda do potencial construtivo também obrigada o comitê responsável pela reforma de São Januário a administrar bem dinheiro e tempo.

Opções de estádios no Rio e fora

Outra questão muito importante é sobre o longo período de jogos sem o estádio. Serão pelo menos duas temporadas inteiras (2025 e 2026) e parte da de 2027. Pedrinho já tem alternativas.
A que promete dar mais dor de cabeça é o Maracanã, diante das brigas em outros anos com Flamengo e Fluminense para poder mandar jogos no estádio. Agora com os dois rivais com a concessão por 20 anos, as liberações via Justiça tendem a ser mais difíceis.
Jogar no campo sintético do Nilton Santos é uma outra opção e já há conversas com o Botafogo, assim como a Portuguesa, pelo Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador. Mandar jogos em outros estados também será alternativa, mas a questão logística e técnica serão avaliadas caso a caso.
"Temos algumas possibilidades. A gente vai organizar isso de forma bem equilibrada, com mais calma, sem interferir, principalmente, na questão esportiva. Tem a questão da logística, isso tudo tem que ser pensado, mas a gente vai ter tempo para construir", explicou Pedrinho.

Novas fontes de renda com São Januário

Com a reforma de São Januário, o Vasco pode encontrar novas fontes de renda. Uma delas é a venda de naming rights (direito ao nome). A Crefisa é uma das empresas que está interessada a ter o nome ligado a São Januário. Com o avanço do projeto de lei, a diretoria vascaína também intensificará os trabalhos para essa questão.
Há também a possibilidade de alugar os novos espaços que serão construídos para restaurantes temáticos, estacionamentos, entre outros.
"A gente vai abrir ao mercado todas as possibilidades de investimento. As propostas para as diversas áreas que a gente tem ali, de restaurantes, naming rights, camarotes, cadeiras cativas. Tudo isso vai ser muito bem elaborado, para a gente viabilizar ainda mais receitas", explicou Pedrinho.