Dimitri PayetMatheus Lima/ Vasco

Rio - Payet apontou algumas dificuldades em sua adaptação ao futebol brasileiro. Desde meados de 2023 no Vasco, o francês afirmou que o calendário e o clima no Brasil foram os principais entraves. 
"O mais difícil para mim, para ser sincero, foi o clima. Porque, em termos de umidade, em termos de calor, em um domingo às 16 horas, quando está 38 graus e o tempo está pesado. É muito difícil jogar. Além disso, há o calendário, que é muito cheio. Não jogamos nem na Sul-Americana e nem na Libertadores, mas conseguimos ter uma agenda cheia. Não sei como os jogadores que disputam essas copas conseguem, mas, para ser sincero, é muito difícil", disse Payet, em entrevista ao jornal francês 'L'Équipe'.
Pressionado pelo mau momento recente do Gigante da Colina, o meia reforçou que, desde sua época no Olympique de Marselha, é acostumado a lidar com essas situações. No entanto, deixou claro que a exigência no Brasil é muito alta. 
"A pressão depois de 10 anos no Olympique de Marselha, você sabe como é. Mas é aí que eu também me encontro, eu tenho a impressão de nunca ter saído do Marselha, porque os torcedores (no Brasil) são tão extremos em sua positividade e negatividade. Você nunca tem paz de espírito, então é por isso que eu sempre tenho que dar o meu melhor. Os brasileiros tiveram jogadores como Romário e Pelé em sua história que tornam a barra ainda mais alta", afirmou.

Retorno à França

Apesar de não ter especificado a função, o meia revelou que tem um "negócio fechado" para retornar ao Marselha, clube no qual é ídolo na França. De acordo com ele, em um futuro próximo os detalhes do "por quê ou como" serão discutidos. 

Aposentadoria

Aos 37 anos, Payet não acha que está próximo de pendurar as chuteiras, mas receia como será sua rotina após encerrar sua carreira. 
"O que eu mais temo é ver isso acontecer. Sinceramente, quando me levanto todas as manhãs, gosto muito de treinar e gosto muito de jogar novamente. Portanto, não estou dizendo a mim mesmo hoje que o fim está próximo, mas, infelizmente, sei que em algum momento meu corpo vai me dizer que é isso, que basta. Mas, sinceramente, eu amo tanto jogar bola, amo tanto o futebol que acho que o fim vai ser difícil para mim", finalizou.