Nathalia Guzzardi Marques e Matheus Correia Viana Reprodução

Rio - A Naturgy, fornecedora de gás encanado, e peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli, da Polícia Civil, estão fazendo uma vistoria, nesta sexta-feira, no apartamento do casal que morreu asfixiado no Leblon, Zona Sul do Rio. Matheus Correia Viana e Nathalia Guzzardi Marques, ambos com 30 anos, foram encontrados mortos no chuveiro do imóvel onde moravam na Avenida Bartolomeu Mitre, na última quarta.
Segundo informações, o teste que está sendo feito é chamado de "estanqueidade" e vai ser realizado em todo o prédio. No apartamento do casal, o aquecedor que fica no banheiro também passou por uma vistoria, onde os técnicos simularam o funcionamento do equipamento para detecção dos gases gerados dentro do cômodo. A vistoria está sendo acompanhada por parentes do dono do apartamento, o Matheus.
No dia do ocorrido, a empresa lamentou o ocorrido e disse que nenhum chamado sobre vazamento foi identificado no imóvel. Segundo a Naturgy, a responsabilidade pelos equipamentos como fogões e aquecedores é dos consumidores. A fornecedora apenas é responsável por garantir que o gás chegue até as residências, por meio de redes.
"Assim como acontece em todos os demais serviços públicos como água e luz. De acordo com o artigo 29 do Regulamento de Instalações Prediais (RIP), 'as ramificações internas são de responsabilidade do proprietário, o qual deverá providenciar para que sejam mantidas em perfeito estado de conservação'", disse a operadora em nota.

As suspeitas de vazamento foram levantadas pelos próprios amigos, que encontraram o casal no interior do banheiro do apartamento, caído, ainda com o chuveiro ligado. Segundo o relato deles, havia um cheiro forte de gás no local. Não havia sinais de arrombamento no apartamento.
Ainda de acordo com o laudo, assinado pelo perito Claudio Amorim Simões do IML, foram solicitados exames complementares que possam identificar se a intoxicação ocorreu por monóxido de carbono, devido ao aquecedor.
A principal linha de investigação da 14ª DP (Leblon), que está à frente do caso, também aponta que a causa da morte teria sido problemas no aquecedor a gás da água do apartamento onde estavam.