Magé - Mageenses afirmam terem recebido em grupos de Whatsapp um arquivo com a foto do prefeito Renato Cozzolino sendo acusado por ter, supostamente, negociado a água do sexto distrito com a empresa Águas do Rio, substituta da Cedae no abastecimento de 27 cidades do estado e 124 bairros da capital fluminense.
Em nota, a prefeitura informou que o processo de privatização da Cedae e o leilão ocorreram de forma transparente, em nível estadual, com debates, audiências públicas, votação na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) e decisão judicial referendada pelo TJ-RJ. A Prefeitura de Magé afirma que, não teve, qualquer ingerência sobre o assunto.
O contrato para que a Águas do Rio iniciasse o trabalho antes realizado pela Cedae foi assinado no dia 11 de agosto. Magé é parte do primeiro bloco dessa concessão, junto a outros 17 municípios e 18 bairros da cidade do Rio. Técnicos da empresa privada visitam o território mageense constantemente, para vistoriar mananciais que poderão ser utilizados para a captação e a distribuição de água. A Prefeitura estima que cerca de 50% da água natural produzida por esses mananciais escorrem pelo ralo, deixando as torneiras da população vazias. O que se pretende, a partir de agora, é levar água encanada e tratada para as casas de todos os mageenses.
O abastecimento de água no sexto distrito deveria ter sido sempre de responsabilidade da Cedae e não da Prefeitura. O que aconteceu é que a antiga companhia estadual não oferecia aos moradores de Fragoso e de Pau Grande, por exemplo, o serviço que garantia o acesso a um produto de qualidade. Com isso, a administração municipal, por conta da ausência do atendimento estadual, tomou para si, há alguns anos, a distribuição na região para evitar a escassez. Mas, desde que a Águas do Rio passou a ser responsável pelo serviço, a Prefeitura não teve mais como atuar, já que não é de sua alçada.
A Águas do Rio informou em seu site oficial que pretende investir mais de R$ 790 milhões no saneamento básico de Magé. Com isso, a empresa garante que, em dez anos, vai universalizar o acesso à água tratada na cidade e, em 12 anos, levar o serviço de esgotamento sanitário a todas as casas.