Magé - A pandemia do coronavírus trouxe dificuldades e desafios para todos os setores e para todo país, mas a educação e a cultura foram grandes afetados devido aos protocolos sanitários que indicavam o distanciamento social como importante fator de combate ao vírus, o que fez com que escolas adotassem o ensino remoto e os eventos culturais fossem suspensos. Mas em 2021, com a chegada da vacinação, as coisas começaram a voltar ao normal e para a Secretaria de Educação e Cultura de Magé não foi diferente.
Logo em janeiro, a Prefeitura reuniu especialistas em Educação de todas as unidades municipais de ensino para traçar as metas e estratégias para o encerramento do ano letivo de 2020 e projetar o ano letivo de 2021. Um dos focos do trabalho da SMEC foi realizar o resgate pedagógico dos alunos que diminuíram o contato escolar no período sem aulas presenciais.
Com mais de 39 mil alunos matriculados nas 105 unidades de ensino, a Secretaria de Educação decidiu pelo retorno dos alunos às salas de aula e colocou em prática um protocolo de segurança sanitária para aulas híbridas com revezamento no esquema presencial. “É importante esclarecer para toda a nossa comunidade escolar que estamos retornando com um protocolo seguro e com responsabilidade de nos cuidarmos e cuidarmos do outro. Teremos um esquema em que vamos dividir as turmas em grupos A e B para estudarem uma semana em casa e outra semana na escola. Todos vão estudar o mesmo conteúdo”, esclareceu a secretária de Educação e Cultura de Magé, Sandra Ramaldo, antes do início das aulas.
Além dos protocolos gerais como aferição de temperatura, limpeza dos sapatos, higienização das mãos, uso de máscara e álcool gel, e o revezamento que permitiu o distanciamento nas salas de aula, a merenda escolar também ganhou mais atenção. Após ter R$4,7 milhões bloqueados por falta de prestação de contas da última gestão, em 2021 foi adotado um protocolo de segurança alimentar que deu mais rigidez na higienização dos alimentos da merenda e no preparo das mais de 33 mil refeições servidas diariamente em toda a rede escolar, com um cardápio reformulado e refeições ainda mais saudáveis.
Mesmo com a volta às aulas, foram entregues kits alimentação, com 14 itens de alimentos não-perecíveis, para todas as famílias com crianças que estudavam em ensino semi-presencial e no sistema híbrido. Também foram entregues cerca de 3,6 mil kits escolares e mochilas para as crianças das 38 creches da rede municipal de ensino.
A Educação trabalhou desde a Educação Infantil ao Ensino Superior com novidades. A Creche Municipal Nelma Guerra, na Citrolândia, ganhou um prédio totalmente novo para atender 60 crianças entre 2 e 3 anos com salas equipadas e brinquedoteca. Para as classes de alfabetização, foi desenvolvido o programa “Janela do Aprender” para oferecer aulas de reforço aos alunos do 1º e 2º ano do Ensino Fundamental que estavam com dificuldade na leitura e escrita após o período afastado das aulas presenciais. Para os alunos do Ensino Superior, a Prefeitura renovou o Passe Livre Universitário que atende 500 estudantes.
Na área cultural, o primeiro Seminário do Patrimônio Cultural de Magé reuniu 1.300 participantes entre pesquisadores, profissionais e entusiastas da preservação patrimonial em uma semana de mesas de debates que foram transmitidos on-line através no Youtube. Ao todo, foram 5.785 visualizações nos sete vídeos do seminário.
A Fundação Educacional e Cultural também completou 54 anos e anunciou mudanças que valorizam o patrimônio cultural mageense. A Biblioteca Municipal Renato Peixoto dos Santos foi totalmente reformada e agora oferece um acervo com cerca de 6 mil exemplares. A antiga sede da FECM, na Avenida Rotary, também está passando por reformas para se tornar o novo Centro Cultural de Magé. O Departamento de Cultura também desenvolveu o projeto Educação Patrimonial, que ofereceu uma experiência imersiva na Estação Guia de Pacobaíba para mais de 3 mil alunos de escolas municipais e estaduais de Magé.
O DEPAC realizou o cadastramento municipal de cultura, com 255 inscritos, e criou a Agenda Escutatório, projeto itinerante que ouviu demandas de comunidades culturais mageenses, com 515 participantes em 3 edições. E para desenvolver a musicalidade percussiva através de oficinas musicais, o Projeto Abre-Alas reúne 94 alunos em quatro polos de ensino.
Os eventos culturais retornaram com tudo à cidade. No aniversário de 456 anos de Magé foi realizada uma programação especial ainda no sistema de live, que reuniu artistas locais em um show no Morro do Bonfim transmitido durante 4 horas somando 27 mil visualizações, mais de 7 mil interações e cerca de 47 mil pessoas alcançadas. Em novembro, o Dia Nacional da Cultura marcou a volta dos shows presenciais com o Viradão Cultural, que reuniu 3.500 pessoas em três dias de evento e palcos em Piabetá, Mauá e Magé.
“Enfrentamos desde o primeiro dia de governo um momento difícil de pandemia. Sabemos que ela ainda não acabou, mas graças a Deus por conta da vacinação vem diminuindo muito o número de casos e vítimas e por isso motivo estamos retomando os eventos. A cultura vai sempre sobressair no nosso governo, porque ela não será uma atriz coadjuvante, muito pelo contrário, vai atuar como atriz principal assim como a educação. Nós estamos prestigiando e valorizando diversos artistas locais”, destaca o prefeito Renato Cozzolino.
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