Sérgio Brito é pastor e também atuava como psicanalista, sexólogo e terapeuta. Reprodução/Redes Sociais.

Magé - A Justiça do Rio converteu nesta sexta-feira (14) em preventiva a prisão temporária do pastor e psicanalista Sérgio Amaral Brito, de 59 anos, preso em 16 dezembro em Piabetá, acusado de abuso sexual. Segundo informações da Polícia Civil, a investigação que começou com duas vítimas, entre fiéis e pacientes, terminou com oito.

O pastor que afirmou ser presidente da Assembleia de Deus em Magé e em Caxias. Segundo as investigações, o religioso teria usado de hipnose para abusar sexualmente de pelo menos 8 mulheres. Parte das vítimas fez uma denúncia contra ele à Polícia Civil e, a partir de então, o suspeito começou a ser monitorado.

De acordo com a Vara Criminal de Magé, Sérgio Amaral atuava como psicanalista, sexólogo e terapeuta de adultos, casais e adolescentes. Em dezembro, o mandado de prisão preventiva dele foi solicitado porque havia a informação de que o pastor planejava fugir para Brasília.

“Eu fui até a clínica dele, paguei um valor de R$ 700 e depois fui na consulta. Teve uma hora que eu estava de olho fechado e ele mandou eu me levantar e dar um abraço (nele). Quando eu acordo depois desse abraço, eu já estou deitada, com as minhas calças abertas e com a mão dele dentro. Depois, ele senta na cadeira, eu levanto, fecho minha calça, pego minhas coisas. Ele me perguntou se estava tudo bem. Eu disse que queria ir embora”, conta uma das vítimas. A jovem de 21 anos, que não quis se identificar, buscou ajuda do pastor depois de se separar do marido.
Sérgio Amaral Brito confessou o crime quando a menina foi, junto dos pais, questioná-lo sobre o ‘tratamento”.