Subsecretária de Saúde de Maricá, Solange Oliveira explica que essas pessoas ficavam por anos em instituições fechadas, sem estímulos nem atividades, à base de medicamentos. E, provavelmente, abandonadas pelas famílias.
“Por isso existem os Serviços de Residência Terapêutica (SRTs), que são casas onde essas pessoas podem cuidar das suas roupas, fazer sua comida, viver. O cuidado médico, psicológico, psiquiátrico se dá nos Centros de Atenção Psico Social (Caps). Há três residências dessas em Maricá”, diz Solange.
Ainda segundo a subsecretária, Maricá está dando vida nova aos seus cidadãos mais esquecidos – aqueles que, por adoecerem, foram apartados do convívio familiar e social.
“Quando nascemos somos iguais. Quando morremos também. Durante a vida, todos merecemos ser cidadãos, com direito à liberdade e ao cuidado. Por que as trajetórias são tão desiguais? Alguns de nós adoecemos…e não cometemos crimes! Por que sermos apartados? Deixamos de ser cidadãos? Não! Maricá devolveu a possibilidade de uma vida digna, humana e cidadã a um grupo de maricaenses que, há muito, deixou de gozar desses direitos”, completa.