Sede do Capsi no Centro - Foto: Fernando Silva
Sede do Capsi no CentroFoto: Fernando Silva
Por O Dia
Maricá - Maricá celebra o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, nesta segunda-feira (18/05), da maneira mais apropriada: devolvendo ao convívio social os dois últimos pacientes com distúrbios psiquiátricos que ainda viviam internados em instituições fora da cidade.
Vale destacar que a data, criada em 1987 por profissionais da área de saúde mental, visava justamente à mudança no tratamento dado a estes pacientes, que até então eram internados em instituições psiquiátricas e afastados da família e da sociedade.

Subsecretária de Saúde de Maricá, Solange Oliveira explica que essas pessoas ficavam por anos em instituições fechadas, sem estímulos nem atividades, à base de medicamentos. E, provavelmente, abandonadas pelas famílias.

“Por isso existem os Serviços de Residência Terapêutica (SRTs), que são casas onde essas pessoas podem cuidar das suas roupas, fazer sua comida, viver. O cuidado médico, psicológico, psiquiátrico se dá nos Centros de Atenção Psico Social (Caps). Há três residências dessas em Maricá”, diz Solange.

Ainda segundo a subsecretária, Maricá está dando vida nova aos seus cidadãos mais esquecidos – aqueles que, por adoecerem, foram apartados do convívio familiar e social.

“Quando nascemos somos iguais. Quando morremos também. Durante a vida, todos merecemos ser cidadãos, com direito à liberdade e ao cuidado. Por que as trajetórias são tão desiguais? Alguns de nós adoecemos…e não cometemos crimes! Por que sermos apartados? Deixamos de ser cidadãos? Não! Maricá devolveu a possibilidade de uma vida digna, humana e cidadã a um grupo de maricaenses que, há muito, deixou de gozar desses direitos”, completa.