Maricá - Em Maricá, a vida das mulheres nunca foi fácil. O passado guarda histórias duras da luta para sobreviver em uma sociedade que não dava espaço para a voz feminina e que negava até mesmo os direitos básicos. Em meio à desigualdade, formaram-se pescadoras e professoras, como Romilda Nunes, a Dona Linda, uma jovem que chamava atenção pela beleza, mas se tornou conhecida por enfrentar desafios e persistir na quebra de preconceitos.
Por sua luta e resistência, Dona Linda foi escolhida destaque do Dia da Mulher Maricaense, que passa a ser comemorado anualmente no dia de seu aniversário, 20/08, para honrar a força de todas as guerreiras que nasceram ou escolheram Maricá como a cidade do coração. Com o tema “Resistência desde o passado, esperança para o futuro”, a campanha reforça o compromisso do governo municipal de garantir que mulheres ocupem cada vez mais espaços de poder na sociedade, com liberdade e a garantia de que suas vozes serão ouvidas.
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E o que Dona Linda fez?
De família pobre, Dona Linda, nasceu em 20/08/1942. Por toda a vida, mostrou ser possível “quebrar correntes” e assumir um papel muito maior do que a sociedade esperava de uma mulher de sua época. Separada do primeiro marido, com quem teve três filhos, apaixonou-se por um homem branco, herdeiro de uma família rica de Maricá, sofreu preconceito, mas não desistiu – muito menos revoltou-se. Ao lado do amado, Dona Linda teve mais um filho, Aldair de Linda, que é o Presidente da Câmara dos Vereadores de Maricá, já pela 3ª vez, ou seja Dona Linda também deixou uma herança política no sentido singular, ela também batalhou muito pela família, investiu na carreira, ajudou os mais necessitados e tornou-se inspiração para muitas gerações.
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De empregada doméstica passou à funcionária pública - foi merendeira e inspetora de alunos no Jardim de Infância Janelinha do Saber, o Janelinha de Inoã - até ser eleita vereadora de Maricá. Sua motivação? O amor ao próximo. Ela sabia o valor que uma mão estendida tem para quem mais precisa e se dedicou a atender todas as necessidades daqueles que a procuravam.
A vereadora Andrea Cunha é a autora da lei que criou a data especial e confere à Prefeitura de Maricá a responsabilidade de homenagear as mulheres maricaenses de todos os tempos. Elas que, como tantas mães e avós, criaram os filhos com o sustento oriundo do mar, da lagoa e da terra, trabalhando duro em jornadas que mal sabiam quando começavam e terminavam. Para Andrea, esta é uma luta que ainda não acabou, mas se perpetua ao longo dos anos na busca por mais igualdade e oportunidades para todas.
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