Áreas de lazer bem estruturadas são marcas da cidade de Maricá Maricá Drone

Maricá - Se a viagem no tempo existisse, e pudesse voltar 12 ou 13 anos, o município de Maricá, localizado a menos de 50 km da capital do Estado do Rio de Janeiro, seria uma interessante parada para o viajante.
As belezas naturais que harmonizam mar, lagoas, montanhas e cachoeiras seriam contempladas há anos. Porém, Maricá foi lapidada para o presente, e vem se preparando para um futuro brilhante.
Origem do nome Ponta Negra
Ainda na viagem no tempo, podemos retornar mais ao passado e entender porque o bairro Ponta Negra (um dos locais mais bonitos da cidade) tem essa denominação, em referência ao desembarque ilegal de escravos negros quando a prática do tráfico negreiro já era proibida. A Pedra do Recanto, Itaipuaçu, conhecida como Pedra do Elefante e chamada pelos navegantes de “Monte Mourão” tem formato semelhante ao Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, por isso, os navegadores portugueses atracavam as embarcações antes mesmo de chegarem à capital fluminense.
Maricá faz divisa litorânea com Niterói e possui 46 Km de litoral. Assim como a vizinha Niterói, muitos dos nomes em bairros fazem referência às histórias dos índios. Eles foram os primeiros brasileiros a dar vida aos bairros de Mumbuca, Itapeba, Pindobal e Itaipuaçu.
O início da transformação do município
Novos negócios emergiram no município em 2009, quando Maricá iniciou o processo de ascensão para o presente e o futuro. Um dos principais responsáveis por este fenômeno foi Washington Siqueira, o "Quaquá", que começou a mudar o rumo da cidade que por décadas era vista apenas como local de passagem para a Região dos Lagos. Não havia ruas asfaltadas, com exceção as do centro da cidade, os bairros foram abandonados pelos governos de até então, sem obras públicas, onde a lama, o lodo e as enchentes eram constantes em épocas de chuvas. Maricá não tinha nada além de suas belezas naturais. Foi “Quaquá” quem começou a mudar a cidade ao ganhar sua primeira eleição para prefeito em 2008.
Se o viajante do tempo chegasse ao município hoje, veria uma verdadeira revolução na estrutura da cidade, com asfalto em quase todos os cantos, urbanização e diversos canteiros de obras. Como também uma verdadeira revolução social onde a qualidade de vida do povo avançou muito na última década.
Desenvolvimento do turismo
A partir de 2009, o turismo foi estimulado por meio dos acessos aos recursos naturais em abundância e da beleza singular, representada também pelas praias oceânicas: Recanto de Itaipuaçu (com mar calmo e tranquilo), praia de Itaipuaçu, do Francês, de Zacarias, Barra, Guaratiba, a bucólica praia de Cordeirinho, a famosa praia de Ponta Negra (uma das mais lindas do Brasil com mar calmo e favorável ao banho e com seu histórico Farol).
O local é também ponto de contemplação pela Praia da Sacristia, apelidada por muitos como “Caribe Brasileiro”, que permite um banho calmo e paradisíaco. Na mesma região há também a praia e lagoa de Jaconé, uma das maiores do mundo distribuída por meio de suas lacustres que contorna vários bairros: São Bento da Lagoa, Araçatiba, Boqueirão, Jacaroá, Gamboa, Amendoeiras, Saco da Lama, Ponta da Preguiça e Guaratiba.
Sequência da gestão do antecessor
Quando Fabiano Horta foi eleito para seu primeiro mandato em 2016, deu sequência ao trabalho de seu antecessor e acelerou ainda mais o desenvolvimento da cidade, transformando cada bairro.
É fundamental destacar outros patrimônios naturais e culturais que saltam aos olhos de qualquer pessoa que visite a cidade.
Patrimônios Naturais e culturais
A Pedra do Elefante, no Parque Estadual da Serra Tiririca, com seus 412 metros de altura proporciona aos seus visitantes uma vista panorâmica e estonteante da cidade, além das praias oceânicas de Niterói, o morro do Pão de Açúcar, Corcovado e Copacabana.
Outros patrimônios naturais encantam a cidade. A Pedra de Itaocaia, que emoldura a fazenda de mesmo nome onde, afirmam alguns pesquisadores, Charles Darwin se hospedou; a Pedra do Macaco e seu entorno, que nos brinda com uma excelente área para a prática de esportes radicais e de aventura, como escalada e rapel; a Pedra do Silvado, berço da Laélia Tenebrosa, orquídea endêmica da região; a Serra do Camburi com sua vista panorâmica e fantástica onde se pratica Voo Livre com asa delta e parapente e o Pico da Lagoinha, com seus 890 metros de altura, repleto de magníficas cachoeiras e trilhas.
Reunindo maravilhas naturais e um patrimônio cultural inestimável, o bairro do Espraiado merece ser visitado. Com fazendas centenárias intactas e preservadas mesmo com tanto tempo de histórias ali acumuladas, vale a pena também conhecer e comprar a bela tapeçaria desenvolvida por Madeleine Colaço da fazenda Colaço.
Ainda pode-se destacar a Casa do Darcy Ribeiro (que vai virar museu). Construído por Oscar Niemeyer e administrado pela Prefeitura do Município, o local é uma obra de arte da arquitetura moderna em frente ao mar de Cordeirinho. Darcy Ribeiro escreveu o livro "O Povo Brasileiro" e o mesmo conta que viveu o fim de sua vida em Maricá e que foi mais feliz aqui que em qualquer lugar do mundo.
A casa da cantora Maysa, que também se refere a Maricá como o lugar onde foi mais feliz, também vai virar museu. Sendo mais uma atração turística e referência cultural a orgulhar os maricaenses.
Além dos patrimônios naturais e culturais, Maricá é uma cidade hospitaleira, habitada por um povo maravilhoso, que se consolida a cada dia como lugar referência nacional de inclusão social, para ser feliz e amar. Contudo, sem perder as características de uma cidade bucólica, atrai e cativa seus visitantes.
Se aquele viajante do tempo citado no início desse texto voltasse do passado a Maricá do presente, conseguiria ver o pregresso resguardado numa cidade que se preocupa com a preservação de sua história, que se orgulha da sua gente, que está antenada e consciente do que quer e do que já sente que é: como uma nação que se traduz no jargão popular “Maricá é meu país. Uma cidade orgulho do Rio e do Brasil. Esse é o sentimento coletivo de ser maricaense. Orgulho de morar em Maricá!