A Polícia Federal da Argentina avança nas investigações da tentativa de assassinato da vice-presidente do país, Cristina KirchnerAFP

Um comerciante foi detido nesta quarta-feira (14) devido às suas ligações com outros três réus pelo atentado de 1º de setembro contra a vice-presidente argentina, Cristina Kirchner, informaram fontes judiciais à imprensa.
A polícia prendeu Nicolás Gabriel Carrizo, que apareceu em uma entrevista na televisão junto com Brenda Uliarte, de 23 anos, outra detida e que os investigadores apontam como instigadora do atentado cometido naquela noite.
A imprensa argentina publicou uma mensagem de celular de Uliarte para Agustina Díaz, 21, também detida, na qual ela diz textualmente: "Mandei matar Cristina".
As fontes não especificaram a idade de Carrizo, comerciante de flocos de algodão doce. As autoridades que investigam o caso constataram que ele estava ciente do ataque e dos movimentos do grupo.
Kirchner, ex-presidente da Argentina, que governou entre os anos de 2007 a 2011 e de 2011 a 2015, recebia naquela noite o apoio de centenas de simpatizantes na porta do prédio onde mora, no bairro da Recoleta, em Buenos Aires.
Brasileiro tentou atirar no rosto de Cristina - Reprodução/Redes Sociais
Brasileiro tentou atirar no rosto de CristinaReprodução/Redes Sociais
O principal suspeito é o namorado de Uliarte, o motorista de aplicartivo Fernando Sabag Montiel, 35, que apontou e disparou uma pistola calibre 32 a pouca distância da cabeça de Kirchner, mas a arma não disparou.
A pistola estava carregada com cinco balas, mas verificou-se que Sabag Montiel não manipulou o ferrolho para colocar a bala na câmara. Ele foi detido por militantes que cercavam Kirchner até que a polícia chegou e o prendeu.
As mobilizações em direção à casa de Kirchner ocorriam dia e noite depois que ela foi acusada por um promotor de ser chefe de uma associação ilícita de corrupção, acusação que o partido governista Frente de Todos considera perseguição política.
A justiça apurou que os detidos tinham ligações. Sabag Montiel tem tatuagens neonazistas e Uliarte participou de manifestações antiperonistas e antigovernamentais com guilhotinas, tochas e sacos para cadáveres.