EUA: presidente do Fed defende medidas 'agressivas' para lidar com inflaçãoReprodução
EUA: presidente do Fed defende medidas 'agressivas' para lidar com inflação
Dirigente disse que o banco está comprometido com todas as ferramentas para levar inflação a 2%
A presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Cleveland, Loretta Mester, defendeu nesta segunda-feira, 26, medidas agressivas para lidar com o "maior desafio à economia no momento", que é a "inflação inaceitavelmente alta". Em evento no Massachusetts Institute of Technology (MIT), a dirigente disse que o Fed está comprometido com todas as ferramentas para levar inflação a 2%, e que o processo será doloroso, no entanto, afirmou que é o melhor a se fazer diante do atual nível de preços.
"Juros deverão ter de ficar altos por mais tempo do que esperávamos", afirmou, indicando que novas altas nas taxas deverão ser decididas nas próximas reuniões.
Loretta Mester indicou ainda que os juros reais deverão ter de ficar em território positivo para a inflação recuar, e disse que as taxas não deverão ser reduzidas no próximo ano. Segundo a presidente, manter as expectativas de inflação ancoradas é importante para a queda de preços. Além disso, a dirigente avalia que é necessário colocar a política em um território restritivo, o que deve fazer com que a retirada de acomodação monetária prossiga.
Questionada sobre uma projeção do Bank of America de que a taxa de desemprego nos Estados Unidos irá aumentar a 5,5% no final de 2023, afirmou que acredita que o nível suba, mas que não chegue a tal patamar. Segundo ela, o mercado de trabalho no país atualmente está com um nível baixo para a taxa de desemprego, e há uma série de desequilíbrios.
"Provavelmente, veremos a inflação alta ainda por algum tempo", afirmou. Segundo ela, os preços de energia podem aumentar novamente nos próximos meses, especialmente com os desdobramentos da guerra da Ucrânia.
Loretta Mester lembrou que tais preços tiveram um papel decisivo no avanço recente da inflação. Além disso, a dirigente indicou que as pressões de altas salariais seguem contribuindo para um avanço nos preços. Além disso, ela lembrou que ainda há falta de equilíbrio entre oferta e demanda afetando o mercado.
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