EUA - Marilou Danley, namorada do autor do ataque em Las Vegas que matou 58 pessoas e deixou mais de 500 feridos no domingo, prestou o seu primeiro depoimento oficial horas depois de desembar nos EUA vinda das Filipinas, onde estava desde 25 de setembro. A mulher, de 62 anos, não é considerada suspeita e é tratada como uma “pessoa de interesse” no caso e esteve colaborando com a investigação por telefone desde o primeiro dia.
Logo após o seu depoimento, o advogado de Marilou divulgou um comunicado onde afirmou que ela não desconfiava de nenhum plano violento de Stephen Paddpck, e que não observou nenhum comportamento que pudesse servir de alerta, e ainda o descreveu como um homem carinhoso e quieto.
“Conheci Stephen Paddock como um homem bondoso, carinhoso e tranquilo”, diz o comunicado. “Ele nunca me disse nada nem tomou nenhuma ação que eu entendesse como uma advertência de que algo horrível como isso pudesse ocorrer…. Nunca me ocorreu que ele estava planejando um ato violento”.
Danley viajou para as Filipinas, onde vive parte de sua família, três dias antes de Paddock se hospedar no hotel em Las Vegas de onde atirou na multidão que assistia a um festival de música country. Em entrevista à emissora Seven News, da Austrália, as duas irmãs de Danley, Liza Werner e Amelia Manango, disseram que a viagem da irmã às Filipinas foi planejada por Paddock. Poucos dias antes do embarque, ele surpreendeu a namorada dizendo que tinha encontrado uma tarifa barata e comprado a passagem para que ela pudesse visitar a família.
No comunicado, Danley falou sobre a surpresa com a viagem repentina e o depósito em sua conta. “Eu estava agradecida, mas, honestamente também estava preocupada que fosse uma forma de romper comigo. Primeiro, pela inesperada viagem para casa, depois pelo dinheiro”, explicou.
As investigações apontam que Paddock ficou três dias transportando armas de sua casa em Mesquite até o local do ataque, o quarto no 32º andar no hotel Mandalay Bay, em Las Vegas.
O irmão de Stephen Paddock, Eric, disse ao jornal “The New York Times” que seu irmão amava e se dedicava à namorada, mais do que a qualquer outra pessoa, inclusive sua própria família. Ele acredita que o atirador planejou a viagem dela e enviou US$100 mil para uma conta nas Filipinas como uma forma de “cuidar dela” para que ela não fosse suspeita de envolvimento e tivesse amparo financeiro após sua morte.
Reynaldo Bustos, irmão de Danley, disse à ABC News que telefonou para ela assim que soube do ataque. A namorado do atirador teria dito “Relaxe, não devemos nos preocupar com isso. Vou consertar isso. Não entre em pânico. Tenho a consciência tranquila”.
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Danley acrescentou na conclusão do texto lido por seu advogado que estava “devastada pelas mortes e pelos feridos. Minhas orações são para as vítimas e suas famílias e todos aqueles que foram afetados por esse terrível evento”.