Dona Neusa e Brizola em um dos quadros que vão estar na exposição.Divulgação

Nesta terça-feira (24/5), às 18h, será aberta, no Museu Solar do Jambeiro, em São Domingos, na Zona Sul de Niterói, a exposição “100 anos Brizola”, que comemora o centenário de um dos líderes políticos mais importantes do Brasil. Brizola nasceu em Carazinho sob o nome de Itagiba e apelido de Lelo e se dedicou por cinquenta anos à política. Carregou a marca indelével de inconformista, buscando ‘um Brasil para brasileiros’.
Conforme conta a história o velho caudilho não conheceu o pai, José de Oliveira Brizola, morto em 1923 em uma das revoluções gaúchas. Mas o homenageou ao se registrar como Leonel de Moura Brizola, já que necessitou de uma certidão de nascimento para se matricular na escola agrícola que cursou. Para sobreviver e estudar, precisou ser engraxate, menino de recados, carregador de malas, ascensorista, operário e jardineiro.

Já atento à política, em uma manifestação de rua cruzou com cerca de vinte líderes sindicais, que estavam organizando a comissão do Partido Trabalhista Brasileiro, onde se identificou e passou a seguir com eles na luta por mais justiça para os brasileiros. Tornou-se deputado estadual, deputado federal, prefeito de Porto Alegre, governador do Rio Grande do Sul e líder do Movimento de Legalidade, que derrotou o golpe de 1961. Tornou-se o principal inimigo dos vencedores do golpe de 1964. Após 15 anos no exílio, na volta governou o Rio de Janeiro por duas vezes e disputou, também por duas vezes, a presidência da república – embora não tenha conseguido ser eleito.


Na exposição “100 anos Brizola” o público vai ter uma visão de sua infância difícil, traduzida na importância que dava à educação (com a criação dos CIEPS, que forma mais de sete mil em todos Estado do Rio); de sua luta pela legalidade, que garantiu a posse do presidente João Goulart em 1961; de sua batalha histórica pela reforma agrária ; sua parceria com Darcy Ribeiro, além do incentivo que dedicou ao programa Médico de Família, iniciado em Niterói pelo prefeito Jorge Roberto Silveira, depois implantando em todo o Brasil.

Segundo os organizadores, a apresentação de comprovante de vacinação contra a Covid-19 é obrigatória acompanhada de documento oficial com foto.