Sergio Mendes: de Icaraí para o mundoReprodução
Sérgio Mendes começou com o Sexteto Bossa Rio, gravando o disco Dance Moderno em 1961. Viajando pela Europa e pelos Estados Unidos, gravou vários álbuns com Cannonball Adderley e Herbie Mann, chegando a tocar no Carnegie Hall. Mudou-se para os EUA em 1964 e produziu dois álbuns sob o nome de Brasil '64, com a Capitol Records e a Atlantic Records. Foi nos Estados Unidos que começou o grupo Sérgio Mendes & Brasil 66, alcançando sucesso ao lançar a canção "Mas que Nada", de Jorge Ben Jor, em versão Bossa Nova.
Passou longo tempo no ostracismo, lançando discos que tiveram pouco sucesso comercial. Seu reencontro com o grande público se deu em 1984, com o lançamento do disco e sucesso Never Gonna Let You Go, chegando a quarto lugar nas paradas. Pouco depois lançou o álbum Confetti, contendo entre outras músicas "Olympia", feita para as Olimpíadas de 1984 em Los Angeles.
Nos anos 90, criou a banda Brasil 99, com a qual gravou o disco Brasileiro, que, além de levá-lo de volta às paradas de sucesso, rendeu-lhe o Grammy de 1993 na categoria World Music. Tem mais de trinta discos lançados, e o mais recente deles conta com participações especiais de, entre outros, Stevie Wonder e Black Eyed Peas.
O local da homenagem tem uma importância na vida do artista, que nasceu no bairro de Icaraí e começou a se apresentar no Le Petit Paris quando tinha 16 anos. O cachê eram duas cubas libres e batatas fritas. O antigo cinema será um complexo cultural e servirá também como sede para a Orquestra Sinfônica Nacional da UFF, que ali fará ensaios e apresentações.
Sérgio Mendes saiu do Brasil para Los Angeles em 1964, no início do regime militar. Mesmo sendo um dos maiores músicos brasileiros no mundo, o artista, que morreu nesta sexta-feira (06) aos 83 anos, sempre reconheceu a profunda influência de Niterói em seu trabalho.
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