Economia do Mar: compromisso da Prefeitura em promover o desenvolvimento sustentável e valorizar o potencial marítimo da cidadeTony D'Andrea
Niterói impulsiona a Economia do Mar com novas iniciativas
Município firma parcerias para estimular o turismo e atrair investidores internacionais
Niterói - A Prefeitura está lançando um pacote de ações coordenadas pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Indústria Naval (Seden) com o objetivo de fortalecer a economia do mar. Entre as iniciativas destacam-se a realização do Tomorrow Blue Economy, um dos eventos globais mais relevantes voltados para o futuro sustentável dos oceanos. Pela primeira vez no Brasil, o congresso internacional organizado pela iCities – empresa pioneira em cidades inteligentes – com a chancela da FIRA Barcelona e em parceria com a Prefeitura de Niterói, reunirá especialistas, entusiastas e líderes do setor para explorar as amplas oportunidades da economia azul. A cidade também firmará uma parceria com Matosinhos, cidade de Portugal, para a criação de um observatório de Economia Azul, além da implementação da Escola de Pesca por meio do For-Mar (Centro de Formação Profissional das Pescas e do Mar).
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Luiz Paulino Moreira Leite, essas ações reforçam o compromisso da Prefeitura em promover o desenvolvimento sustentável e valorizar o potencial marítimo da cidade, atraindo investimentos e criando novas oportunidades para a população. Ele explica que Niterói foi escolhida como cidade anfitriã devido à sua localização estratégica e compromisso com a sustentabilidade. Com acesso direto ao Oceano Atlântico e uma rica biodiversidade marinha, a cidade tem investido fortemente em infraestrutura, incluindo saneamento básico e a dragagem do Canal de São Lourenço, que impulsionam setores-chave como a pesca e a indústria naval.
“Já estamos totalmente integrados com nossos parceiros internacionais. Temos realizado um trabalho intenso nas áreas naval, de pesca e turismo voltado para o mar. É uma vocação natural da cidade, mas essas ações e planejamentos não acontecem da noite para o dia. São processos que envolvem conversas, apresentações e estudos sobre os potenciais da cidade, e os resultados estão surgindo. Niterói só tem a ganhar com mais políticas públicas, geração de emprego e renda. Estamos inserindo a cidade em um contexto mundial que movimenta uma economia oceânica entre US$ 3 trilhões e US$ 6 trilhões por ano, conforme dados da ONU. A importância dos oceanos é inquestionável”, explica o secretário de Desenvolvimento Econômico de Niterói.
Mais de 40% da população global vive a menos de 100 km da costa, e na América Latina, 27% da população depende diretamente dos recursos marinhos. Luiz Paulino destaca que, junto à dragagem do Canal de São Lourenço, outras estruturas e ações estão sendo realizadas em paralelo, como a promoção de eventos esportivos e turísticos, incluindo o Itacoatiara Big Wave, o Campeonato Mundial de Bodyboarding, e competições de canoa havaiana e vela.
Ele ressalta que a Escola de Pesca será um grande impulso para qualificar o setor, gerando mais renda e empregos. Outra linha de ação será estimular estaleiros a atuarem não apenas em reparos navais offshore e construção de navios, mas também na fabricação de barcos de pesca, melhorando a frota da cidade e até mesmo embarcações esportivas. “Isso tudo faz parte de um grande ciclo, tendo a economia do mar como centro e com muitas ramificações. É um futuro sem volta para a cidade”, afirma Paulino.
Economia azul: o potencial dos oceanos
Dados do Tomorrow Blue Economy e da ONU indicam que mais de 3 bilhões de pessoas dependem dos oceanos para sobreviver, destacando a relevância da chamada economia do mar ou "economia azul". De acordo com o Banco Mundial, o termo refere-se ao uso sustentável dos recursos oceânicos para o crescimento econômico, a melhoria dos meios de subsistência e do emprego, preservando a saúde do ecossistema.
No Brasil, que possui cerca de 8.500 quilômetros de costa, 80% da população reside a até 200 km do litoral. O oceano é vital para a economia brasileira: segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), mais de 95% do comércio exterior é transportado pelo mar. A economia azul abrange ainda setores como pesca, turismo costeiro, energia renovável, mineração marinha e muito mais.
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