Por nara.boechat
Rio - Menos de 24 horas após o assassinato do comerciário Conrado Chaves da Paz, de 19 anos, nas proximidades da Lapa, um morador de rua ainda não identificado foi esfaqueado e morto na região. O corpo da vítima foi encontrado por volta das 2h de ontem, na Rua da Lapa. A violência no bairro foi alvo de protestos no enterro do ex-aluno do Colégio Pedro II ontem, no cemitério do Murundu, em Realengo. Em agosto, foram registrados 139 assaltos na região, contra 87 no mesmo mês em 2012.
Cerca de 300 pessoas, entre amigos e parentes, homenagearam Conrado. “Ele sofreu um golpe e não teve escapatória. Isso não pode acontecer mais. Hoje é meu filho, amanhã é outro jovem”, disse o pai, o motorista Jorge Bonfim da Paz, 64, que acompanhará as investigações.
Família se emociona durante o sepultamento do corpo de Conrado Chaves da PazAlessandro Costa / Agência O Dia

A Divisão de Homicídios ouviu seis testemunhas ontem e afirmou que aguarda imagens de câmeras próximas ao local do crime. Conrado foi morto com uma facada no coração, quando voltava de uma festa com amigos no Teatro Odisseia, na Lapa, às 5h de domingo, na Avenida Chile, perto da cabine da PM. A polícia suspeita que o crime tenha sido praticado por usuário de crack. Apenas o celular da vítima desapareceu.

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Empresários alertam
Mais uma vez, empresários da Lapa vão cobrar das autoridades ações que coibam a violência na região. Há cinco meses, eles entregaram ao secretário José Mariano Beltrame e à Prefeitura do Rio um mapeamento dos pontos mais críticos. “A Rua Joaquim Silva com a Evaristo da Veiga e a praça em frente aos Arcos da Lapa são alguns”, disse Leo Feijó, proprietário do Teatro Odisseia.
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A PM informou que o 5º BPM (Centro) tem trabalhado com a Polícia Civil, a Guarda Municipal e a Secretaria de Desenvolvimento Social, acolhendo dependentes químicos e reprimindo tráfico e roubo. Disse ainda que as operações serão intensificadas.