Por adriano.araujo, adriano.araujo
Rio - A Polícia Civil segue investigando a queda da menina argentina Camila Palacios Busnelli, de 3 anos, de uma altura de sete metros no Terminal 2 do Aeroporto do Galeão, no último sábado. De acordo com o delegado que investiga o caso, são apuradas três possíveis hipóteses para o acidente: negligência dos pais, fatalidade ou falha na segurança do aeroporto.
Marcelo e a família embarcariam de volta para casa na noite do acidenteReprodução

Agentes também procuram possíveis testemunhas que possam ter visto a queda da criança. Por ser um lugar de passagem, a busca por pessoas que tenham presenciado o acidente é dificultada. A polícia também analisa as imagens de câmeras de segurança do local e aguarda o resultado dos laudos periciais.

O pai da menina, Marcelo Palacios, afirmou que a filha caiu porque o guarda-corpo onde encostou não possuía vidro de proteção. De acordo com ele, Camila caiu ao segurar e se desequilibrar no corrimão da escada rolante que fica ao lado da grade de proteção. Segundo Marcelo, depois do acidente, um cinzeiro foi colocado no local para evitar novas quedas.
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De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde divulgadas neste domingo, apesar do quadro grave de saúde da criança, o caso apresentava boa evolução e médicos ainda analisam a necessidade de cirurgia. A menina foi atendida no aeroporto e transferida na mesma noite para o Hospital Municipal Souza Aguiar, onde está internada no CTI, com traumatismo craniano e de face. “Quando vi minha filha no chão, achei que ela estava morta. Ela tinha o rosto inchado e com muito sangue. É inacreditável que ela esteja lúcida e conversando com a gente”, disse o pai.
A Delegacia do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (DAIRJ) instaurou inquérito para apurar crime de lesão corporal. No próprio sábado, foram ouvidos os pais da vítima, funcionários da Infraero e o médico que atendeu a criança depois do acidente. Representantes do Consulado da Argentina também estiveram no Hospital Souza Aguiar na tarde de ontem para prestar apoio aos parentes da menina.
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Marcelo, a mulher, Natalia Busnelli, Camila e outros dois filhos, Bruno, de 7 e Helio, de 9, estavam no Rio de Janeiro a passeio. A família voltava de uma temporada em Angra dos Reis e passou apenas um dia na cidade. Na noite do acidente, eles embarcariam de volta para casa, em São Luis, na Argentina.