Por thiago.antunes

Rio - O diretor do Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, Rodolfo Acatuassú Nunes, ainda não foi chamado pela 1ª Vara da Infância e Juventude e do Idoso para depor sobre os 40 corpos de bebês encontrados pelo Ministério Público (MP), em janeiro, no necrotério da unidade. Alguns estão lá desde 2009. A audiência já foi pedida pelo MP.

A denúncia foi feita domingo pelo ‘Fantástico’, da Rede Globo. De acordo com o MP, os corpos estavam mal acondicionados, identificados de maneira irregular e 15 deles não tinham sequer identificação. O Hospital Pedro Ernesto é uma unidade referência em partos de alto risco.

“Vou dar um prazo de dez dias para o hospital se explicar. Quero a lista nominal de cada um dos corpos e dos parentes desses bebês. O que vimos foi muito chocante. Não compreendo como deixaram chegar a esse ponto. Quando um bebê morre e é abandonado pela família, o hospital tem que comunicar à Justiça. Foi um descaso do hospital”, disse a promotora da Infância e Juventude Ana Cristina Huth Macedo.

Partes amputadas de corpos também foram encontradas no necrotério. A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça informou que o processo nunca ficou parado e que todas as providências foram tomadas. Em nota, a assessoria de imprensa do hospital justificou a situação como um ‘problema de raiz social porque existem corpos de fetos e natimortos abandonados pelos seus genitores’.

O documento informou ainda que foi criada uma comissão para reavaliar os procedimentos adotados pelo hospital e que os corpos sem identificação serão submetidos a exames de DNA.

Você pode gostar