Rio - Policiais da Delegacia de Repressão a Crimes contra a Informática (DRCI) realizaram na manhã desta quarta-feira, uma operação para cumprir 17 mandados de busca e apreensão. As ordens judiciais foram cumpridas na casa de pessoas investigadas por participação direta ou indireta em atos violentos durante protestos do ano passado. A ativista Elisa Quadros, conhecida como Sininho, e mais sete pessoas, entre elas um menor de idade, foram levadas para prestar esclarecimentos na Cidade da Polícia, no Jacaré, Zona Norte do Rio.
Os agentes estiveram em endereços em Bangu, Barra da Tijuca, Botafogo, Catete, Centro, Copacabana, além de Niterói, onde apreenderam computadores e mídias. A operação contou com o apoio de 13 delegacias especializadas.
A operação é resultado do inquérito da DRCI, que no início de setembro do ano passado, prendeu e indiciou três homens por formação de quadrilha e incitação à violência. A investigação segue em andamento e o inquérito está em segredo de Justiça.
O nome de Sininho ficou em evidência durante as manifestações do segundo semestre do ano passado. A ativista chegou a ser presa em outubro do ano passado, nas escadarias da Câmara Municipal. Em fevereiro deste ano, ela prestou depoimento na 17ªDP (São Cristóvão) sobre a morte de Santiago Andrade. Na ocasião, ela negou ter falado sobre o envolvimento do deputado Marcelo Freixo (PSOL) com Caio Silva Souza e Fábio Raposo Barbosa, acusados de arremessarem o artefato no cinegrafista durante um protesto na Central do Brasil.