Por thiago.antunes

Rio - Apesar de ser o principal meio de transporte público recomendado pela Riotur para os turistas que chegam para a Copa pelo Aeroporto Internacional, o BRT Transcarioca ainda está sendo pouco utilizado pelos estrangeiros que aportam na cidade. Com exceção dos visitantes que rumam para a região da Barra da Tijuca, a integração com o metrô é o caminho recomendado aos turistas que seguem para o Centro, Zona Sul ou Maracanã. E é justamente para entrar nos vagões na Estação Vicente de Carvalho, do MetrôRio, que o visitante vai enfrentar dificuldades se sair do Galeão próximo ao horário de pico da manhã.

A equipe do DIA, que chegou por volta das 7h de ontem na Estação do BRT no Galeão e, só duas horas e meia depois, viu o primeiro grupo de turistas que optou pela integração BRT-metrô, acompanhou a ‘saga’ de cinco estudantes mexicanos para chegar ao albergue em que se hospedaram, em Santa Teresa. Em uma hora e meia de viagem, os jovens aprovaram a rapidez e o conforto do Transcarioca, mas repetiram as principais queixas de quem mora por aqui: os preços das passagens e o aperto nos vagões do metrô.

No BRT Transcarioca%2C a limpeza e a rapidez foram elogiadas pelo grupo de mexicanos%2C que%2C no entanto%2C reclamaram da falta de sinalização e informações para achar a estaçãoSeverino Silva / Agência O Dia

“É impossível entrar com mala”, disse um deles, ao forçar o embarque na composição lotada, às 10h30, portanto, após o término do horário de pico, quando estão ainda mais cheias. Eram 9h30 quando o grupo se pôs a procurar, pelo Galeão, o tal “novo serviço de transporte popular” do qual tinham ouvido falar em seu país. Apesar da sinalização do guichê de vendas de bilhetes, no Terminal 2, não havia qualquer indicativo de que aquele seria o meio de transporte pelo qual poderiam chegar ao Centro ou à Zona Sul.

“No México, nos recomendaram cautela com carteiras nos vagões de metrô e com ‘golpes’ dados por taxistas. Sendo assim, optamos pelo mais barato”, confessou Jorge Hosajosa, de 25 anos, que, ainda assim reclamou do preço total da viagem: R$ 6,50.

No metrô%2C mesmo fora do rush%2C lotação de vagões assustou os turistasSeverino Silva / Agência O Dia

Elogios para limpeza e rapidez de BRT e críticas para aperto no metrô

Após recorrerem ao ponto de informação turística para encontrar a estação do Transcarioca, o grupo de mexicanos entrou no veículo articulado do BRT às 10h e conseguiu viajar sentado. A limpeza do ônibus e os 32 minutos que levaram até chegar à Estação Vicente de Carvalho foram elogiados.

Ao chegarem na roleta da estação, eles descobriram que o bilhete não contemplava a integração com o metrô, mas os folhetos informativos do BRT, em inglês, alertam sobre o fato.

O grupo perdeu ainda cerca de 20 minutos para comprar o bilhete e embarcar na composição. A falta de sinalização ou agentes para orientar os turistas foi criticada. “Para que lado sigo?”, perguntava Hugo Ortega. Mas o aperto no vagão, mesmo fora do horário de pico, foi considerado o pior momento.

Apesar dos percalços, a felicidade tomou conta dos mexicanos ao desembarcarem na Cinelândia, às 11h30, de onde seguiram a pé até Santa Teresa. O consórcio operador do BRT informou que, além das informações bilíngues do sistema, as estações do Galeão e Vicente de Carvalho contam com sinalização da Riotur específica para a Copa.

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