Rio - A 8ª Vara de Execução Fiscal do Rio de Janeiro aprovou nesta quarta-feira liminar proibindo qualquer manifestação do Sindicato Municipal dos Aeroviários do Rio de Janeiro. A categoria havia convocado greve nesta quinta-feira, dia de abertura da Copa do Mundo. Entre as principais reivindicações da categoria estão o reajuste real de 12%; reajuste de 5,6% do teto de R$ 3.248,01 referente ao vale-alimentação, a manutenção da data base em 1º de dezembro, o chamado Abono Copa, a assinatura da convenção coletiva de trabalho e melhores condições de trabalho.
A multa diária em caso de descumprimento dessa decisão é de R$ 500 mil. Por meio de comunicado, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) informou que a multa ao sindicato dos aeroviários foi imposta após ter proposto uma ação judicial. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) reitera a recomendação de suas associadas (AVIANCA, AZUL, GOL e TAM) para que os seus passageiros se dirijam com antecedência aos aeroportos durante a Copa.
Protesto complicou o trânsito
O protesto realizado por integrantes da Frente Internacionalista dos Sem-Teto, na manhã desta quinta-feira, nos acessos ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Galeão, causou retenções no trânsito da região, prejudicando muitos passageiros que acabaram perdendo voos.
Para o professor de Educação Física, Rafael Rodrigues, 33 anos, não vai ter jogo. Ele estava com voo para Goiânia (Goiás), onde sua família mora, marcado para as 8h20. Mesmo saindo cedo de casa, ele não contava com o trânsito totalmente parado na região.
"Eu ia chegar por volta de meio-dia em Goiás. Mas como fiquei parado por uma hora nos acessos, cheguei atrasado. A companhia me realocou para outro voo às 14h30, com conexão em Curitiba. Ou seja, vou chegar por volta das 19h30 em Goiânia e perderei a estreia da seleção, que ia assistir com toda a família", contou Rafael.
Máquinas para troca de ingresos falham e filas se formam no Galeão
Por volta das 11h30, os terminais instalados pela Fifa no Galeão para troca de ingresos para os jogos da Copa ficaram fora do ar. Por conta do problema, as filas para o serviço com atendentes se multiplicaram.
A falha irritou principalmente os torcedores que também tinham voo marcado para outras capitais, como o australiano Peter Joynis, 30 anos: "Tive que comprar no guichê. Era importante que todas as máquinas tivessem em operação, porque muitas pessoas, como eu, vão pegar voo e nao podem ficar em fila. Há risco de perdemos o avião", reclamou.