Por thiago.antunes

Rio - Nem os alemães esperavam pela goleada em Portugal. No quiosque Tor, no Leme, que virou point oficial do Consulado Alemão no Rio, ninguém apostava nesse resultado. No bolão que valia ainda uma brazuca, ninguém acertou o placar de 4 a 0. Mas o resultado agitou os torcedores que marcaram presença no local. Como manda a tradição germânica, a cada gol, uma rodada gratuita de cerveja — por conta do órgão. Foram todos ao delírio, gritando ‘Frei Bier’ (cerveja grátis) a todo momento e 'Deutschland' (Alemanha).

A quantidade de brasileiros simpatizantes, alemães e descendentes que compareceram ao quiosque surpreendeu até o vice-cônsul da Alemanha, Tarmo Dix. “Não imaginava tanta procura. Foi maravilhoso, é uma celebração que une nossos povos”, comemorou ele.

Para a alemã Olivia Wallstein, 27, o clima brasileiro esquentou ainda mais a torcida alemã: “A festa e o resultado foram incríveis. Gostaria que fosse uma final Brasil x Alemanha”, apostou a jovem, que estuda no Brasil há cinco meses.

Beleza de descendentes e alemães chamaram atenção na torcidaDaniel Castelo Branco / Agência O Dia

Antes mesmo do resultado final, o empresário Uwe Steiment, 50 anos, já festejava: casado há nove anos com a brasileira Simone Steimert, 43, poder assistir à Copa no país da amada foi um privilégio. “Viemos a cada dois anos ao Brasil. Dessa vez, mudamos o mês para acompanhar o Mundial”, disse ela.

Alemão filho da brasileira Maria José, o compositor Raphael Muller, 30, comemorou o resultado. “Mesmo morando há cinco anos aqui, é pela Alemanha que torço”. A torcida do quiosque ganhou apoio de estudantes de escolas alemãs no Rio. “Virei sempre dar meu apoio à Alemanha”, disse Christiane Lagun, 19, ex-aluna da Corcovado, junto com as amigas Luiza Reiter, 19, e Luisa Knebel, 20.

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