Rio - Após diversas denúncias, de bancadas usadas como macas, pacientes atendidos no chão, déficit de médicos e superlotação, a 7ª Vara de Fazenda Pública condenou, na última segunda-feira, o Município do Rio de Janeiro a adotar medidas para solucionar os problemas crônicos do Hospital Salgado Filho, no Méier, uma das principais unidades de emergência da cidade.
A decisão obriga a prefeitura a apresentar a listagem dos profissionais concursados lotados no hospital, a carga horária e as escalas dos plantões. Em nota, o Ministério Público afirmou que na punição ainda consta que a prefeitura deverá comprovar a abertura de um novo concurso público para suprir a defasagem de funcionários do hospital, enquanto o déficit de profissionais concursados não for sanado.
O secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, deverá apresentar soluções emergenciais para minimizar a carência de pessoal na unidade, com o aval técnico-jurídico da Procuradoria-Geral do Município. Os prazos para que a prefeitura cumpra a decisão — e se é cabível recurso — não foram divulgados pelo MP.
Segundo um levantamento feito por João de Oliveira, assessor do vereador Paulo Pinheiro (Psol), e divulgado em fevereiro deste ano, o hospital teria perdido aproximadamente R$ 12 milhões das verbas no orçamento de 2014. Na época, a prefeitura alegou que os recursos estavam retidos e seriam liberados conforme o cronograma para este ano.