Por felipe.martins

Rio - O jornalista Antônio Carlos Guimarães morreu nesta terça-feira, aos 62 anos, de parada cardiorrespiratória. Ele era diabético e nos últimos dias seu estado de saúde se agravou, sendo levado para a Unidade de Pronto Atendimento do Engenho de Dentro no sábado. A família tentava a transferência para um hospital, sem sucesso.

Tido como um profissional destemido, Antônio Carlos iniciou a carreira na TV Tupi. Depois trabalhou em vários jornais, entre eles O Globo, Jornal do Comércio, O Fluminense, Diário Democrático e O Povo.

No extinto A Notícia e no DIA ele se destacou na Editoria de Polícia, como repórter especial e como chefe de reportagem. Entre as décadas de 1980 e 1990, criou o personagem Chupa-Cabras. A série de reportagem virou uma espécie de ‘febre’ na época e alavancou a tiragem de A Notícia de 14 mil para 40 mil.


Na mesma época, chamou atenção por produzir entrevistas exclusivas com os principais chefes do tráfico de drogas. “Antônio Carlos tinha o foco do olhar jornalistíco voltado para as camadas mais pobres da sociedade, de onde tirava histórias fantásticas”, lembra o jornalista João Antônio Barros. “Ele soube, como poucos, apurar matérias policiais, numa era de poucos recursos e que nem release havia”, diz outro colega, Nelson Moreira.

O corpo de Antônio Carlos, que era divorciado e deixou três filhos e seis netos, está sendo velado na Capela Embrace, sala 4, do Cemitério de Inhaúma, onde será enterrado hoje, às 14h.

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