Por paulo.gomes

Rio - Nós temos Neymar e cinco taças. Eles, James Rodríguez, um artilheiro nem tão badalado, mas que desponta à frente de todos nesta Copa, além de uma estreia em quartas de final. Para os colombianos, o feito inédito e a equipe elogiada superam a falta de título no Mundial e levam torcedores ao êxtase.

Arley Andrade e a mulher Sury Gutierrez%2C Juliano%2C 10 anos%2C Julio Alvarez e Juliano Cardona%3A torcida unidaCarlo Wrede / Agência O Dia

Por onde passam, há gritos de “campeões”, e, claro, suas marcas com o típico sombrero ‘vueltiao’ — peça do artesanato típico do país —, a bandeira e a camisa da seleção — carregada nas cores do time canarinho.

A confiança é tanta que alguns montaram estratégias para manter o clima amigável com os brasileiros, após a partida, e evitar represálias verde-amarelas. É o caso do jornalista colombiano Nelson Nuñes, de 36 anos, que vai assistir ao jogo na Arena Fifa Fan Fest, e levar uma camiseta do Brasil no bolso.

“No fim da partida, que a Colômbia vencerá, é só colocá-la e esconder o sombrero, que eu não deixarei de levar. É uma identidade nossa e um amuleto”, contou ele, que assistiu aos três jogos da Colômbia nos estádios.

“O Brasil tem tradição e sempre houve medo de enfrentá-lo. Mas, desta vez, a Colômbia tem um time bem formado, que dá suporte a James, enquanto que Neymar parece estar sozinho”, alfinetou o jornalista.

Nelson Nuñes tem tanta certeza da vitória da Colômbia que vai levar camiseta do Brasil para fugir do assédioCarlo Wrede / Agência O Dia

Além dos trajes típicos e da bandeira, os colombianos apostam na união para dar sorte: “Vamos torcer juntos. Não somos tão minoria por aqui, no Rio, nem nos estádios. Isso dá mais força para o time”, apostou Sury Gutierrez, 31, que veio ao Brasil com o marido, Arley Andrade, 40, para o Mundial.

Eles vão se reunir no Fan Fest, com os colombianos Julio Alvarez, 50, Juliano Cardona, 43, pai do pequeno Julianito, 10. “Será um jogo sofrido. Acho que será 1 a 1 e vai para os pênaltis”, palpitou Arley Andrade.

Morador do Rio há mais de um ano, Juliano faz média com os amigos brasileiros: “O Brasil é minha segunda torcida. Amo morar aqui, onde temos praias e a gente, que é maravilhosa”, disse.

Sem ingresso, Adrien Vergara, 24, vai do Rio até Fortaleza para tentar ver o embate: “Vai ser a partida da minha vida e a dos brasileiros. Porque vamos ganhar”, provocou o colombiano.

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