Por felipe.martins

Rio - A menos de três meses das eleições, o PDT do Rio está dividido entre as candidaturas ao governo do Rio de Luiz Fernando Pezão (PMDB) e Lindberg Farias (PT). Enquanto a ala do presidente do partido, o ex-ministro Carlos Lupi, se reuniu com o governador nesta quinta-feira pela manhã, o grupo dissidente do deputado Brizola Neto se encontrou à tarde com o petista. Há seis dias, Pezão foi obrigado a substituir o vice pedetista Felipe Peixoto pelo senador Francisco Dornelles (PP), depois que Lupi insistiu em manter sua candidatura avulsa ao Senado.

Líder da ala dissidente%2C Brizola Neto fará campanha para LindbergDivulgação

Na presença de cerca de cem brizolistas e militantes pedetistas, Lindberg acusou o movimento ‘Aezão’, que prega o voto no presidenciável tucano Aécio Neves e em Pezão, de “grande traição” à presidenta Dilma Rousseff e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Não foi pouca coisa o que a Dilma e o Lula fizeram aqui no Rio. Foi a maior parceria deste estado. Eles poderiam ter aproveitado mais, mas acabaram liberando a tropa toda para o lado do Aécio. É uma grande traição. Todos os candidatos a deputado do PMDB estão com ele e não agregarão nada a campanha. Eles juntaram o que há de pior na política”, afirmou Lindberg.

Horas antes, no mesmo hotel no Centro do Rio, Pezão se reuniu pela manhã com Lupi, Felipe Peixoto, Cidinha Campos e mais de cem candidatos a deputado pelo PDT. “Todo o PDT está convencido de que você é o melhor candidato. Nós queremos continuar com a transformação que você e Sérgio Cabral começaram no Rio”, disse Lupi.

Apesar do elogio, Lupi vai concorrer ao Senado por discordar da indicação do ex-prefeito Cesar Maia (DEM) para disputar a vaga na chapa de Pezão. Peixoto criticou os dissidentes que estão com Lindberg, enquanto Cidinha afirmou que continuará a apoiar o governador, de quem é aliada desde 2010.

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