Rio - Os torcedores argentinos que ficaram "hospedados" no Terreirão do Samba e Sambódromo durante a Copa do Mundo, começam a deixar os locais na manhã desta quarta-feira, prazo determinado pela Prefeitura do Rio para que eles os pontos. Representantes do Consulado da Argentina estão presentes no Terreirão, assim como agentes da Riotur e da Comlurb. Cerca de 50 argentinos ainda permanecem no local.

Já na Marques de Sapucaí, apenas dois veículos estão no local, mas eles têm um problema para sair de lá. De acordo com o turista Beto Nicorau, eles tiveram suas mochilas roubadas, com as chaves dos automóveis. "Tudo o que eu mais quero é voltar para o meu país. Cheguei aqui no sábado, vi meu país perder a Copa do Mundo e não tenho nem aonde comer. Estou sem dinheiro, sem documentos e sem a chave do meu carro".
Antônio Pedro Figueira de Mello, secretário Municipal de Turismo, está no Terreirão para acompanhar a saída dos últimos argentinos. Fazendo um balanço da operação, ele criticou a fiscalização na fronteira no momento em que os turistas vieram para o Brasil acompanhar a Copa.
"A operação de colocar os donos de motorhomes e estrangeiros no Terreirão do Samba foi emergencial e satisfatória. Nós constatamos que o grande problema foi nas fronteiras e não no Rio de Janeiro. Em qualquer lugar do mundo, nas fronteiras perguntam de onde você vem, para onde está indo e por quanto tempo vai ficar e quanto tem para gastar. Não foi feito esse trabalho, então fomos pegos de surpresa", disse o secretário, que não acredita na possibilidade de estrangeiros ficaram vagando pela cidade.