Por adriano.araujo

Rio - A adolescente A., de 14 anos, que levou um tiro na cabeça de um traficante na Favela São José Operário, na Praça Seca, segue internada em estado grave no Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea. Ela foi baleada após se recusar a ter relações sexuais com o bandido porque ele estava 'fedendo' e 'sujo'. Ela e outras três menores, de Rio das Pedras, foram aliciadas para ser prostituirem com criminosos da comunidade.

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De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a jovem está internada no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do hospital. Ela passou por cirurgia ainda nesta quinta-feira quando chegou na unidade transferida do Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra, para aonde foi levada inicialmente.

Ela e outras três amigas, todas com idades entre 14 e 15 anos, teriam aceitado realizar um programa com um bandido conhecido como Rato, em troca de R$ 100 e drogas. A 28ª DP (Campinho) investiga o caso

Uma das meninas, L., relatou a policiais do 9º BPM (Rocha Miranda), ainda no Hospital Lourenço Jorge, que as quatro garotas chegaram a um barraco no alto da favela por volta de 1h30. Pouco depois, o bandido teria entrado com uma pistola na cintura. Após se relacionar com uma das meninas, o acusado teria partido, ainda na sala, em direção à vítima, que “teria recusado a aproximação ao sentir seu cheiro”. Rato colocou então a pistola na cabeça de A. e disparou.

O bandido fugiu ao ver a menina caída no sofá. Foram as amigas que acionaram o Samu. Em depoimento, a mãe da vítima contou que a filha não estudava, mas trabalhava há pouco tempo em uma loja de roupas na comunidade.

Os investigadores tentam encontrar as outras meninas. A Vara da Infância e Juventude também foi acionada para acompanhar o caso.

Reportagem com informações de Felipe Freire

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