Por felipe.martins

Rio - De acordo com dados do Disque 100, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, entre 2011 e 2014, o estado do Rio registrou o maior número de casos envolvendo intolerância religiosa contra crianças e adolescentes. Nesses quatro anos, foram feitas 16 denúncias. Em segundo lugar está São Paulo com 11 casos. Em seguida, Bahia e Ceará com sete.

A avó da menina Kailane Campos, de 11 anos, agredida por trajar roupas do Candomblé, está convocando no Facebook uma manifestação na próxima sexta-feira no Largo do Bicão, na Vila da Penha, Zona Norte do Rio. Uma passeata começará a partir das 19h na principal praça do bairro. No domingo, uma nova manifestação acontecerá pela manhã.

Kailane levou uma pedrada na cabeça no último domingo por estar vestida com roupas do Candomblé Alexandre Vieira / Agência O Dia

'Por que não me respeitam?', indaga menina agredida por ser do Candomblé

A menina, que quer voltar às aulas hoje, deseja a prisão de seus agressores e deu uma lição contra o preconceito, aprendida no chão forte do terreiro de Vó Kathi. “Não vou frequentar igrejas chamando as pessoas para a festa de Exu. Se eu as respeito, por que não me respeitam?”, resumiu Kailane. Ela é filha de Logun Edé, orixá muitas vezes representado como uma criança na tradição do Candomblé.

Kailane ainda foi alvo de uma nova manifestação de intolerância na porta do IML, onde foi fazer exame de corpo de delito três dias após o ataque.


 


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