Rio - Um policial civil e um militar foram presos na manhã desta terça-feira, por agentes da 9ªDP (Catete) e da Corregedoria Interna da Polícia Civil (Coinpol). Alexandre Castilho Gouvêa e Lucas Nunes de Oliveira, o Goiano, são acusados de integrar o grupo miliciano Liga da Justiça, que atua em Campo Grande, na Zona Oeste. Na casa de Alexandre foram apreendidos R$ 64 mil e notas promissoras. Sidney Carvalho da Silva, conhecido como Lacraia, segue foragido.
A operação chamada "Valkíria" acontece após o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público obter a decretação da prisão preventiva do trio. A denúncia aponta que o policial civil Alexandre Castilho, da 41ªDP (Tanque), assumiu o controle do condomínio em Campo Grande onde os milicianos atuam desde 2011. Já Lucas é o responsável pelos homicídios, realizados geralmente em motos, que são guiadas por Sidney Carvalho.
As investigações tiveram início em agosto do ano passado, após informações repassadas através do Disque Denúncia. Os criminosos agiam no Condomínio Flor do Campo, localizado na Estrada da Posse, número 3000, onde Castilho foi eleito presidente da associação de moradores em 2011. Eles cobravam de 30 a 80 reais, que variam como fornecimento irregular de sinal de TV a cabo e de segurança privada. O conjunto residencial tem oito blocos e 352 apartamentos.
Alexandre Castilho também é acusado de tentar assassinar uma moradora com um tiro na nuca, mas ela resistiu aos ferimentos. Além dos policiais que tinham mandado de prisão, um PM do 22ºBPM (Maré), que não teve o nome revelado, também foi preso em flagrante. Os agentes suspeitaram de um carro preto e resolveram investigar. Foi descoberto que o automóvel foi roubado na Zona Oeste e no seu interior foi encontrada uma pistola e a identidade do policial militar.
Na residência de outro PM, os agentes encontraram R$ 42 mil. Ele foi conduzido para a delegacia para esclarecer a origem do dinheiro.