Rio - Um ano após Rodrigo Bethlem ter sido acusado pela ex-mulher de desviar dinheiro de convênios da prefeitura e enviá-lo para contas na Suíça, Eduardo Paes afirmou ontem “não gostar da presença” de seu ex-secretário de Governo e de Assistência Social no PMDB. O prefeito afirmou que a Procuradoria Geral do Município vai processar Bethlem para tentar recuperar a verba.
O Ministério Público investiga movimentações de R$ 2,2 milhões do ex-secretário em cinco contas na Suíça durante o período em que a fraude teria sido cometida, entre os anos de 2010 e 2012. Os contratos sob investigação foram assinados entre a Secretaria de Assistência Social e a ONG Tesloo.
Paes demonstrou incômodo com o fato de seu partido ainda não ter expulsado Bethlem, que desistiu de disputar a eleição em 2014 e permanece afastado do cenário político. “O PMDB é um partido muito aberto. O (vice-governador Francisco) Dornelles diz que partidos parecem um buquê de flores: tem rosa, flor de velório e tiririca do brejo. Vida que segue. Eu não gosto da presença dele (Bethlem)”, disse o prefeito.
Na cerimônia de lançamento do programa Bairro Maravilha Cidade Nova, ao discursar, Paes chamou o secretário municipal de Coordenação de Governo, Pedro Paulo Carvalho, de “futuro prefeito”. O subsecretário de Governo, Ronnie Aguiar, e as vereadoras Leila do Flamengo e Laura Carneiro fizeram o mesmo. Pedro Paulo negou que o fato pudesse caracterizar propaganda eleitoral antecipada, proibida pelo Tribunal Regional Eleitoral. “Acho que as pessoas manifestarem desejo ou perspectiva de futuro não pode ser visto como algo ilegal. Eu só fico orgulhoso de as pessoas falarem isso”, argumentou.
Ao todo, 22 ruas terão a pavimentação recuperada e as calçadas reformadas pelo programa Bairro Maravilha Cidade Nova. O projeto da Secretaria de Obras também prevê a instalação de rampas de acessibilidade e a ampliação da rede de drenagem. A conclusão está prevista para o segundo semestre de 2016 ao custo total de R$ 11,8 milhões.