Por felipe.martins

Rio -  A Justiça do Rio decretou, nesta segunda-feira, a prisão preventiva do homem acusado de matar o PM da UPP do São Carlos, Tarsis Doria Noia, 40 anos, no último dia 25 de junho. Denner de Almeida Barros, o Baianinho, já estava com a prisão temporária decretada desde o dia seguinte ao crime. O Disque-Denúncia oferece R$ 2 mil de recompensa por informações que levem ao criminoso. Ele também é acusado de atirar contra outro policial, Sérgio Henrique de Abreu Oliveira, que não foi atingido.

Baianinho esteve preso entre outubro e novembro de 2013, e depois ingressou novamente no dia 20 de março do ano passado, saindo em liberdade quatro dias depois. Ele possui em sua ficha criminal, anotações por desacato, lesão corporal, roubo, furto, e resistência.

O crime

O militar foi atingido por um tiro quando passava em um beco. Ele seguia para uma padaria, onde iria comprar café da manhã para a corporação, pouco antes de assumir o trabalho. Tarsis estava acompanhado de outro policial, que reagiu, mas o suspeito conseguiu fugir. Na corporação desde dezembro de 2001, o terceiro sargento da PM Tarsis estava na UPP São Carlos desde outubro de 2014.

Tarsis Doria Noia estava na PM desde 2001 e começou a trabalhar na UPP São Carlos em 2014WhatsApp O DIA (98762-8248)

Policiais contaram que Tarsis chegou a ser levado ao Hospital Central da Polícia Militar (HCPM), que fica próximo da comunidade, por volta das 8h05, já em parada cardíaca. Médicos teriam tentado reanimá-lo, mas ele não resistiu aos ferimentos e morreu. O sepultamento será realizado nesta tarde, em Sulacap.

Um policial que trabalhava com Tarsis e que preferiu não se identificar elogiou o trabalho do PM e disse que o clima na comunidade piorou após a guerra de facções envolvendo traficantes do Morro do São Carlos e da Coroa. "O clima na comunidade piorou muito depois daquela guerra de facções. A situação ficou muito estranha. Ele (Tarsis) era uma pessoa boa, tranquila", disse.

Através do WhatsApp do DIA (98762-8248), um policial que preferiu não se identificar, contou como ocorreu o fato. "Em todo serviço, eles iam... cada um era responsável por comprar o café. Ele foi comprar o café, papo de 200 metros depois do contêiner do Querosene, foi comprar o café. Os colegas falou (sic) que escutou o tiro. Quando chegou, ele ainda estava com vida para socorrer ele. O tiro foi de 9 no peito. Atravessou as costas dele e dilacerou o coração dele todinho. Já chegou no HCPM sem vida...", relatou.

O terceiro sargento Tarsis era casado e deixou dois filhos.

'Ele atirou por pura maldade', diz delegado sobre assassino de PM

Responsável pela investigação do assassinato do policial militar Tarsis Doria Noia, da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do São Carlos, o delegado André Leiras, da Divisão de Homicídios da capital (DH) afirmou que o suspeito de matar o sargento é 'cria' da comunidade e atirou no PM "por maldade".

“O Baianinho é ‘cria’ do São Carlos e atirou no policial por atirar, sem qualquer motivo, apenas por pura maldade. Matou por motivo fútil. É muito perigoso. Quando for preso e caso seja condenado, pode pegar de 12 a 30 anos de reclusão”, afirmou o delegado André Leiras.

Com informações de Diego Valdevino

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