Por felipe.martins

Rio - O Procon realizou nesta segunda-feira a primeira ação da Operação Fernando Fernandes, que tem o objetivo de fiscalizar a acessibilidade em ônibus no Rio. Os fiscais estiveram em paradas de ônibus em frente à Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), à Associação de Apoio às Pessoas Portadoras de Deficiência da Zona Oeste (ADEZO) e ao Clube dos Paraplégicos do Rio de Janeiro. As empresas do ônibus Vera Cruz, Viação Estrela e Transportes Barra foram autuadas por problemas de acessibilidade em seus carros.

Os três ônibus fiscalizados da empresa Vera Cruz possuiam equipamentos para acesso de cadeiras de rodas, mas, além de apresentarem defeito, nenhum dos funcionários questionados sabia manuseá-los. Além disso, os fiscais identificaram má higiene nos ônibus e defeito nos cintos de segurança que travam a cadeira de rodas e que ficam no banco do acompanhante. Também constataram que o intervalo entre os ônibus com acessibilidade era de 40 minutos.

Na parada de ônibus em frente ao Clube dos Paraplégicos do Rio de Janeiro, em Piedade, os quatro carros vistoriados da Viação Estrela estavam com defeito. Os fiscais determinaram que os ônibus retornassem à garagem para reparo assim que chegassem ao ponto final de seu trajeto. Já, nos dois carros fiscalizados da Transportes Barra, o cinto que trava a cadeira de rodas estava com defeito, impedindo que a cadeira de rodas fosse acomodada com segurança.

Vistoria encontrou motoristas que não sabiam operar equipamento para cadeirantesDivulgação

O nome da operação é uma referência ao participante da segunda edição do programa "Big Brother Brasil" que, em 2009, ficou paraplégico após um acidente de carro. Ele passou a praticar paracanoagem e ganhou destaque internacional no esporte.

Balanço da Operação Fernando Fernandes

Fiscais vistoriaram veículos nas paradas de ônibus em frente às seguintes instituições:

1 – Associação de Apoio às Pessoas Portadoras de Deficiência Da Zona Oeste – ADEZO (Rua Bangu, 163, Bangu): Dois veículos da Transportes Barra Ltda, no ponto de ônibus na Rua da Feira, em frente ao shopping de Bangu, apresentaram as seguintes irregularidades: cinto que trava a cadeira de rodas com defeito, impedindo que a cadeira de rodas seja acomodada com segurança e botoeiras com defeito, impedindo que os passageiros solicitassem parada.

2 - Clube dos Paraplégicos do Rio de Janeiro (Rua Cardoso Quintão, 148 - Piedade): Havia quatro ônibus da Viação Estrela e estavam com defeito. Foi determinado que, após a chegada ao ponto final, retornassem à garagem para reparo.

3 - Associação de Assistência à Criança Deficiente - AACD (Rua Maranhão, 125 - Jardim da Viga, Nova Iguaçu): Três ônibus da Viação Vera Cruz parados e o cadeirante não conseguiu entrar apesar de o elevador funcionar. Foram encontrados os seguintes problemas: cinto que trava a cadeira de rodas não funciona; sujeira; problemas na operação do sistema de elevador da cadeira de rodas; funcionários da empresa não sabiam manusear aparelho; intervalo entre ônibus superior a 40 minutos; banco do acompanhante com defeito.

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