Por adriano.araujo
Ex-presidente da Alerj Jorge Leite%2C em foto de 2010%2C quando foi candidato a deputado estadual%2C mas não se elegeuDivulgação

Rio - O corpo de Jorge Cordeiro Leite, ex-deputado e ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), será enterrado às 13h desta terça-feira, no Cemitério do Pechincha, em Jacarepaguá, na Zona Oeste da cidade. Ele morreu aos 85 anos de falência múltipla dos órgãos no Hospital Casa Prontocor, na Tijuca, onde estava internado após contrair pneumonia, há quatro meses. Leite deixa um casal de filhos, nove netos e uma bisneta.

O corpo do ex-político foi velado até as 20h30 desta segunda-feira no hall de entrada do Palácio Tiradentes, sede do Legislativo fluminense, no Centro do Rio. Em 2010, ele tentou uma vaga na Casa, mas não consegui se eleger e obteve pouco mais de 2.300 votos. O deputado Jorge Picciani (PMDB), atual presidente da Alerj, destacou a importância de Leite para a política do estado.

“Jorge Leite leva consigo um pouco da história do PMDB e da própria política do Rio de Janeiro. Que descanse em paz nos braços do senhor”, disse. O ex-parlamentar participou da elaboração da Constituição Brasileira, em 1988, como um dos deputados constituintes junto com o atual deputado estadual Paulo Ramos (PSol).

“É com muita tristeza que recebo essa notícia. Além de um grande amigo, Jorge era um excelente parlamentar. Participamos juntos de um momento importante do país e pude aprender muito com ele, que deixa uma trajetória longa e de grandes realizações”, afirmou Paulo Ramos.

A irmã de Jorge Leite, Irineia Leite Mansur, disse durante o velório que uma de suas qualidades era estar sempre pronto para ajudar o próximo. “O meu irmão foi exemplar, um amigo como poucos. Era uma pessoa boa que ajudou muito quem precisou dele”, disse.

Corpo de Jorge Leite foi velado nesta segunda-feira na AlerjDivulgação

Biografia

Jorge Cordeiro Leite era natural do Rio de Janeiro, onde nasceu em 1930. Formado em Direito pela Universidade Estácio de Sá, foi subchefe da Casa Civil do Governo Chagas Freitas entre 1966 e 1969, durante a ditadura militar. Ingressou de fato para a política em 1970 quando, aos 40 anos, assumiu o primeiro mandato como deputado estadual pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Voltou a ser eleito em 1975 e 1979. Em 1980, passou a integrar o Partido Popular (PP), quando se tornou presidente da Alerj, entre 1981 e 1982.

Nas eleições seguintes, foi eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro e voltou à Alerj em 1991, quando ingressou no Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Em 1992, filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), chegando a ocupar sua vice-liderança. Em 1993, Leite foi nomeado secretário Estadual da Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia no governo de Leonel Brizola. Em 1996, elegeu-se vereador do Rio de Janeiro pelo Partido da Frente Liberal (PFL).

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