Por felipe.martins
O capitão Uanderson Manoel da Silva%2C comandante da UPP Nova Brasília foi vítima de disparo acidentalDivulgação

Rio - Para a Polícia Civil, não há dúvidas: o capitão Uanderson Manoel da Silva, de 34 anos, foi vítima de ‘fogo amigo’ em 11 de setembro do ano passado, durante troca de tiros com traficantes na Nova Brasília, no Complexo do Alemão. O então comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) local levou um tiro de fuzil que entrou pela axila direita e saiu pelo peito. O autor do disparo foi o soldado Diogo Araújo Zilves, então com 32 anos, que tinha apenas um ano de corporação. As informações foram publicadas no site da revista 'Veja', nesta terça-feira. 

Ainda segunda a reportagem, para os investigadores da Delegacia de Homicídios (DH) da Capital, ficou claro que a morte foi acidental e ocorreu por imperícia de Zilves no momento em que agia em legítima defesa, pois era alvo de traficantes. Por isso, ele não será indiciado. O inquérito deve ser encaminhado ao Ministério Público ainda esta semana.

Durante a investigação, ainda segundo a publicação, Zilves era o segundo homem de uma fileira de seis que entrou no Beco da Padaria, no alto da comunidade. À frente dele, chefiando a equipe, estava justamente o capitão Uanderson.

O grupo estava num beco com cerca de 2 metros de largura quando Zilves teria dado 26 tiros com um fuzil calibre 5.56. Uma dessas balas atingiu o capitão, que chegou a ser socorrido, mas morreu. “Diante do quadro, é possível concluir que a morte deu-se em decorrência de erro de execução, nos exatos termos previstos no artigo 73 do Código Penal, razão pelo qual deixo de indiciá-lo”, justificou o delegado Giniton Lages à 'Veja'. 

Você pode gostar