A diarista Severina Bezerra, de 43 anos, que trabalha na Lagoa, reclamava ontem do encurtamento da 433. “Com certeza, vai fazer muita falta. Vamos ter de saltar e longe e andar”, acredita. A operadora de caixa Adriana Alves, de 42 anos, não entende como vão mexer no itinerário de uma linha tão popular. “Público não falta. Os de ar-condicionado então, sempre enchem. Também tem bastante passageiro em dia de praia”, diz ela.
Por evitar vias com maior tráfego, passageiros dizem que a 433 é mais rápida, seguindo a Tonelero e a Lagoa. A prefeitura alega que a reestruturação vai melhorar o trânsito com o fim das sobreposições de linhas. Outra rota que recebeu reclamações quando anunciado o encurtamento foi a 472. Após protestos, a prefeitura decidiu manter os pontos finais, no Leme e em Triagem, mas alterou o trajeto em Copacabana, passando pelo Túnel Velho.
Como O DIA publicou semana passada, o Ministério Público pediu à Justiça para impedir a continuidade dos cortes de linhas e proibir a cobrança de uma terceira passagem de integração, caso seja necessário. O juiz Leonardo Grandmasson Ferreira Chaves, da 8ª Vara de Fazenda Pública, recebeu o processo ontem, mas não tem prazo para decidir.