PM assassinado na Providência é enterrado em Sulacap
PM foi atingido por um disparo no pescoço. Familiares protestaram contra a presença da imprensa
Por rafael.souza
Rio - Cerca de 200 pessoas entre familiares, amigos e policiais militares participaram, do enterro do soldado da Polícia Militar Daniel Gleison Campos da Silva, de 29 anos, morto em serviço nesta madrugada durante uma troca de tiros com criminosos no Morro da Providência, na Zona Portuária. Daniel foi sepultado por volta das 16h30 no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio.
A mulher de Daniel e a mãe acompanharam o sepultamento, que aconteceu ao som de salvas de tiros e de homenagens feitas por ex-paraquedistas do Exército.
Daniel era casado casado e tinha uma filha de 1 ano e estava na Polícia Militar havia 4 anos.
Alguns familiares do PM protestaram contra a presença dos jornalistas que estavam no cemitério.
Ele pertencia a UPP da Providência e foi assassinado nesta madrugada durante uma troca de tiros com criminosos na comunidade da Zona PortuáriaJoão Laet/Agência O Dia
O Major da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Providência, Roberto Valente, esteve no enterro, no entanto, não quis falar com os jornalistas.
No começo da manhã desta quarta familiares do policial morto falaram sobre o caso. "Mais um que escolheu servir e proteger e deu sua vida pela profissão. Mais uma família que chora, e eu me pergunto até quando? Você morreu como um herói, cumprindo sua missão. O dia amanheceu triste para nós familiares e amigos mas tenho certeza que está num lugar muito melhor", desabafou uma parente de Daniel.
Outro primo do policial militar também comentou a morte de Daniel. "Hoje não mataram apenas um PM, mataram meu primo, mataram um bom pai, um bom filho, um bom neto, um bom irmão. Hoje não mataram apenas um PM, mataram uma parte da nossa família, e, por mais que eu me esforce, minhas palavras serão insuficientes para descrever o tamanho dessa dor. Primo, você sempre estará em nossos corações, vai com Deus", escreveu um primo de Daniel.
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Relembre o caso
Daniel fazia um patrulhamento de rotina na região conhecida como Ladeira do Barroso, quando foi atingido pelo disparo no pescoço. Ele chegou a ser encaminhado ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, mas não resistiu aos ferimentos. Os outros policiais que estavam no local não ficaram feridos.
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Após a morte de Daniel, o policiamento foi reforçado na comunidade, com apoio de policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Segundo o comando da UPP, buscas estão sendo feitas na tentativa de localizar os autores dos disparos. Ainda não há registro de prisões ou apreensões.