Por felipe.martins, felipe.martins

Rio - Pescadores não estariam usando coletes salva-vidas no momento do naufrágio que atingiu a traineira ‘Minas Gerais’, sábado à noite, em Angra dos Reis, na Costa Verde. Em entrevista ao jornal ‘Diário do Vale’, o aposentado Valdecir Rios Ferreira, uma das oito pessoas resgatadas por moradores de uma ilha próxima, contou que quando a traseira do barco afundou, ele pegou um colete, vestiu e tentou retirar outros da embarcação para socorrer os colegas.

O advogado Erlei se agarrou num banco do barco até ser resgatadoDivulgação

“Ajudei a retirar os coletes para dar aos outros, mas não deu tempo e estava difícil de tirar. As pessoas se agarraram a caixas de isopor e bancos do barco”, disse o pescador. Dois cunhados dele estão desaparecidos. “Um saiu no isopor, estava tranquilo, mas não o vi mais. Eu ajudei a levar o outro até uma ilha, mas ele não conseguiu subir e o mar levou”, lamentou Valdecir.

O advogado Erlei Eros Misael, de 42 anos, sobreviveu ao acidente, após nadar 40 minutos, apoiado num isopor e depois no banco do barco. Ele foi resgatado por uma lancha de moradores da Praia de Provetá.
Nesta segunda-feira pela manhã, o Corpo de Bombeiros e a Capitania dos Portos retomaram as buscas pelos cinco desaparecidos: o vice-prefeito de Arantina (MG), José Geraldo da Silva, Wellington Sandro da Costa, Fernando Castro de Souza, Atail Almeida Bezerra e José Francisco de Assis da Silva. A equipe formada por 19 mergulhadores saiu em duas lanchas para fazer buscas na Ponta dos Meros, na Ilha Grande, onde a traineira afundou.

De acordo com a Fundação de Turismo de Angra dos Reis (TurisAngra) havia 13 pessoas a bordo. Nesta segunda-feira, devido ao mau tempo, a procura foi encerrada, às 16h. A previsão é que o trabalho seja retomado hoje. A Marinha está investigando as causas do acidente.
Você pode gostar