Taxistas são presos acusados de clonarem cartões
De acordo com a Polícia Civil, grupo tem como base o Pão de Açúcar e os principais alvos eram os turistas
Rio - A polícia desarticulou, na manhã desta quinta-feira, uma quadrilha que clonava cartões de créditos de turistas estrangeiros. Entre seus membros, estão taxistas, que aplicavam o golpe nas imediações do Pão de Açúcar, um dos principais e mais famosos cartões postais do Rio. Ao chegarem ao destino indicado, taxistas alegavam falta de troco ou outro pretexto qualquer para convencer as vítimas a pagar pela corrida com cartões de crédito ou bancários.
Responsável pela operação Bandeira 3, o delegado Alexandre Braga, da Delegacia Especial de Apoio ao urismo (DEAT), afirma que até viagens ao exterior o bando fazia utilizando os cartões das vítimas. "Eles viajavam aos EUA para fazer compras e depois revendiam mercadorias aqui sem ter nenhuma despesa. O lucro era 100%. Não temos nem como dimensionar, em dinheiro quanto a quadrilha lucrou tamanha foi a movimentação que fizeram", explicou o delegado.
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Foram presos Antonio Orlando Martins Vidal, Diego Bandeira de Almeida e Raphael dos Santos, responsáveis por conseguir dados de turistas estrangeiros. Marcelo Lopes dos Santos, que pagava aos taxistas pelas informações dos cartões clonados, também foi detido na ação desta sexta-feira. Ele é quem fazia as compras fraudulentas fora do país. Ainda na operação, agentes chegaram ao paradeiro e prenderam Sergio Ricardo Rodrigues Carvalho, apontado como fornecedor das máquinas para captação das informações sobre os turistas - as famosas “chupa-cabras” -, e Geraldo Santos de Oliveira, que fabricava os cartões com os dados obtidos pelos demais membros do grupo.
As investigações duraram seis meses. Segundo Braga, os taxistas têm autorização para trabalhar e, para conseguir os dados do clientes, alegavam que não recebiam as corridas em dinheiro porque já haviam sido roubados várias vezes. "Alguns clientes acharam estranho e nos procuraram. Foi através de registros aqui na delegacia que chegamos à quadrilha", disse o delegado.
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Uma grande quantidade de materiais foi apreendida na residência dos acusados. Ela servirá como prova dos crimes praticados por eles. A operação teve apoio de agentes das Delegacias de Roubos e Furtos (DRF), de Roubos e Furtos a Automóveis (DRFA) e de Combate às Drogas (DCOD).